ALEMÃ RUHRPUMPEN DESENVOLVE BOMBAS HIDRÁULICAS PARA O PRÉ-SAL
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
A companhia alemã Ruhrpumpen inaugurou recentemente sua primeira fábrica no Brasil, onde a empresa já está produzindo bombas hidráulicas para o mercado interno e externo. O diretor geral da empresa no país, Carlos Falconiery, conta que além do investimento de quase US$ 30 milhões na nova unidade, a área de desenvolvimento da Ruhrpumpen atualmente está trabalhando no desenvolvimento de bombas hidráulicas para atender às condições específicas do pré-sal brasileiro. Além disso, Falconiery ainda revela que o sistema de reversão hidráulica do coque fabricado pela empresa deve ser encomendado ainda este ano ou no início de 2015 pela Petrobrás.
Como tem sido a atuação da companhia no setor de óleo e gás?
Nossa empresa tem tradição mundial no setor de óleo e gás, fornecendo bombas hidráulicas para clientes de todo o mundo. Esses equipamentos são utilizados para processo de refinarias, aplicações offshore, entre outras finalidades.
Desde quando a empresa está no Brasil?
A Ruhrpumpen está no Brasil desde 2009 e aumentamos nossa presença no país no ano passado com o início da operação da nossa fábrica, instalada no município de Duque de Caxias. Em dezembro de 2013, nós conquistamos a licença de operação definitiva da unidade.
Quanto foi investido nesta unidade?
Todos os investimentos na nossa fábrica somam algo em torno de US$ 30 milhões. Vale também destacar a localização estratégica da unidade. A fábrica fica entre a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Como foram os negócios no ano passado?
Nós tivemos cerca de 60% de contratos relacionados ao setor de óleo e gás, nosso principal mercado. Também tivemos negócios em mineração, saneamento e energia. Nós temos uma linha de bombas para termelétricas e participamos de dois projetos importantes neste setor em 2012 e 2013.
Quais outras soluções a companhia oferece ao mercado de óleo e gás?
Temos também o sistema de reversão hidráulica do coque, que consiste em passar o óleo em um fragmentador e depois injetá-lo em um tambor de conversão a coque, onde a decomposição térmica recupera os fragmentos mais leves com vapor e reduz os fragmentos mais pesados ao coque de petróleo.
Existe expectativa de fechar novos contratos para fornecimento deste sistema?
A Petrobrás prevê a compra do primeiro equipamento no segundo semestre deste ano ou no início do ano que vem.
Quais são os novos desenvolvimentos da empresa?
A camada do pré-sal tem muito CO2 que precisa ser reinjetado. Para isso, precisa-se de bombas. A área de desenvolvimento da empresa, na Alemanha, está trabalhando no desenvolvimento de bombas para altíssimas pressões. É uma tecnologia muito peculiar, pois existem características específicas do pré-sal que são um desafio muito grande e estamos atentos a isso.
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