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ALERJ ACIONA O SUPREMO CONTRA TÉRMICAS PREVISTAS NA LEI DA PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRÁS

cecilianoA Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) protocolou uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF), contestando as termelétricas no Nordeste e no Centro-Oeste previstas na lei da desestatização da Eletrobrás (14.182/21). A Alerj alega que para construir as plantas, será necessário construir uma rede de milhares de quilômetros de gasodutos que levariam o insumo dos poços do pré-sal, no Sudeste, para outras regiões do país.

Segundo o presidente da casa, André Ceciliano (foto), a medida não leva em consideração o fato que o Rio de Janeiro produz 68,66% de todo o gás natural extraído no Brasil. A legislação, que trata da privatização da Eletrobrás, desatrela a instalação de termelétricas dos locais de onde se extrai o insumo, desconsiderando as potencialidades regionais.

Trata-se de um novo golpe em curso contra a economia do Rio. O Governo federal quer construir uma enorme rede de gasodutos no Nordeste, que não produz um metro cúbico de gás sequer. O Nordeste concentra mais 70% da energia eólica produzida no país. Seria absurdo comparável a impor a contratação de usinas de energia eólica aqui em território fluminense”, disse o deputado.

Na ADI ajuizada no STF, a Alerj sustenta que há inadequação nos artigos que tratam dessas questões na Lei Federal 14.182/21 e no Decreto 11.042/22. A regulamentação da norma prevê leilões para suprir uma demanda de 8 mil MW, sendo 2 mil MW no Nordeste; 2,5 mil MW no Norte; 2,5 mil MW no Centro Oeste; e 2,5 mil MW no Sudeste. Destaca-se que a realização desses leilões prioriza a região Nordeste, ao estabelecer o suprimento da demanda até 2026.

A imposição, por lei ordinária federal, de quantidade de megawatts para determinar-se a localização de termelétricas não obedece às características da produção desse tipo de energia e faz surgir a necessidade de construção de gasodutos, cujo custo é bilionário”, finalizou Ceciliano.

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