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ALEXANDRE SILVEIRA DIZ QUE O SETOR NUCLEAR É UMA DAS GRANDES APOSTAS E PROPÕE MODERNIZAR GESTÕES DAS ESTATAIS

minidtrpO ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, assinaram, nesta terça-feira (17), um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para reestruturar as empresas públicas que atuam no setor nuclear no Brasil. A medida busca aprimorar a eficiência das companhias, fomentar a sinergia entre elas e alinhar suas atuações com os objetivos nacionais para o setor energético. “Esse acordo, proposto pela ministra Esther, vem no mesmo momento em que propusemos soluções que modernizem a gestão das empresas do setor nuclear no Brasil. No que diz respeito ao setor energético, é fundamental alinhar os interesses nacionais com a governança dessas estatais. É sempre importante lembrar que o Brasil está entre os grandes países do mundo no uso e fomento de energias renováveis, e a nuclear é uma de nossas grandes apostas para os próximos anos”, disse o ministro Alexandre Silveira.

O acordo contemplará as seguintes estatais: Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear (ENBPar); Eletronuclear (ETN); Indústrias Nucleares do Brasil (INB) eANGRA 3 Nuclebrás Equipamentos Pesados  (Nuclep). A iniciativa faz parte do Programa de Governança e Modernização das Empresas Estatais (Inova), coordenado pelo MGI, com base em estudos elaborados pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Entre as propostas expostas, o novo plano menciona a redefinição da orientação estratégica e de modelos de negócio das empresas, a reorganização societária e de governança e a redefinição das atribuições e atividades das estatais.

Além das empresas do setor de energia nuclear, o programa Inova também mira em avanços nas demais estatais brasileiras. Na ocasião a ministra Esther também assinou ACTs que contemplam estatais coordenadas pelos ministérios das Comunicações (MCom), da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Defesa (MD); e do Desenvolvimento Agrário (MDA).

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Dráusio Lima Atalla
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Algo que sempre prejudicou a governança nuclear foi não definir com precisão qual é o problema. Nosso consumo per capita de eletricidade é da ordem de 2500 KWh/habitante/ano. Este valor é menos da metade do necessário para uma produtividade de 60 mil dólares por ano produzidos por cada um de nossos cem milhões de trabalhadores. Por isso somos pobres, com PIB per capita de 10 mil dólares, quando o mínimo digno seria 30 mil dólares. A definição deste problema é gerar mais eletricidade. Para isso servem as usinas nucleares. Entretanto sempre confundimos este problema com outro. Construir usinas nucleares e… Read more »

Dráusio Lima Atalla
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Dráusio Lima Atalla

Todos os países que são grandes na área nuclear começaram assim. Os EUA criaram duas tecnologia, a Westinghouse as usinas PWR e a GE as usinas BWR. E começaram a construi-las, chegando a 108 usinas em operação. Esta frota em muito ajudou a manter os EUA como líderes mundiais e, com 94 usinas operando, ainda ajuda. Outros países foram atrás, França, Alemanha, Japão, comprando um ou ambos os modelos, PWR e BWR. Instalaram as usinas compradas e começaram l a aprender, com o tempo a fabricar componentes e mais tarde fizeram seus modelos, todos derivações das usinas americanas. Inglaterra e… Read more »

Dráusio Lima Atalla
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Uma outra questão que diminui o nosso desempenho é o custo de geração de Angra 1 e 2. No passado tivemos problemas de geração, com baixos fatores de capacidade muito derivado de problemas técnicos das primeiras gerações de usinas. E Angra 1 faz parte dessa geração. Principalmente problemas de materiais em componentes importantes, eventualmente resolvidos. Nossos fatores de capacidade passaram a ser razoáveis, dentro da média mundial. Entretanto, jamais controlamos com eficiência os custos de produção. Este é nosso calcanhar de Aquiles. Várias são as causas. Interferência política não qualificada em níveis de gestão, distribuição excessiva de recursos para municípios… Read more »

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Dráusio Lima Atalla

A atual parada para recarregamento de Angra 2 é um bom exemplo. Nossa maior usina, carro chefe da Eletronuclear. Já está parada há 40 dias, sem EBITDA. Usinas alemães quando ainda funcionavam antes do país deixar a geração nuclear paravam entre 14 e 17 dias. Angra 2 é totalmente automática, foi feita pra parar rápido, recarregar e voltar, como um fórmula 1. Mas há quase duas década pára em 30+ dias. Com 20 paradas neste período, deixou de gerar cerca de 240 dias, com perda de aproximadamente 500 milhões de dólares. E ninguém nota, ninguém fala nada, está tudo muito… Read more »