ALGUMAS PLATAFORMAS DE PETRÓLEO NO GOLFO DO MÉXICO INTERROMPEM O TRABALHO DE PRODUÇÃO POR CAUSA DO FURACÃO MILTON | Petronotícias




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ALGUMAS PLATAFORMAS DE PETRÓLEO NO GOLFO DO MÉXICO INTERROMPEM O TRABALHO DE PRODUÇÃO POR CAUSA DO FURACÃO MILTON

Plataforma da Chevron sendo deslocadas para um lugar seguro

Plataforma da Chevron sendo deslocadas para um lugar seguro

ORLANDO – Por Fabiana Rocha –  À medida que o furacão Milton se aproxima da Costa, passando pelo Golfo do México, as plataformas de produção de petróleo estão sendo desligadas dos poços e seguindo para uma zona de segurança. Os funcionários não essenciais já foram deslocados para uma área segura. Os alertas da Guarda Costeira americana são permanentes e os portos da Flórida impuseram restrições à navegação de embarcações. Espera-se que a maior parte da infraestrutura energética na Costa do Golfo dos EUA, incluindo instalações de produção de petróleo e gás, usinas de gás natural liquefeito (GNL) e refinarias, fique fora do caminho da tempestade, mas o fechamento de terminais pode interromper temporariamente as exportações e importações. Os meteorologistas preveem de 3,05 a 4,57 metros de maré de tempestade, rajadas de vento de 225 km/h e dizem que mais de 60 cm de chuva são possíveis ao longo da Costa do Golfo da Flórida, na área onde o furacão Milton chega à costa, provavelmente perto de Tampa. Milton é um está identificado como sendo da categoria 5, potencialmente catastrófico, segundo o  Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC). Mas ele deve chegar à costa descendo para a categoria 4, que também é muito perigoso.

A Guarda Costeira está em Alerta Máximo

A Guarda Costeira está em Alerta Máximo

A distribuidora de energia da Flórida, a Duke Energy, disse que estava mobilizando cerca de 10.000 socorristas na Flórida enquanto se preparava para mais de 1 milhão de cortes de energia associados ao furacão. A petroleira Chevron disse que que todos os funcionários de sua plataforma Blind Faith no Golfo foram transportados e que a instalação foi fechada. A Blind Faith está localizada a 250 quilômetros da costa de Nova Orleans. Ela  produz 65 mil barris de petróleo de quatro poços e tem duas linhas de fluxo que direcionam petróleo bruto e gás para uma plataforma atracada próxima. A produção dos outros ativos operados pela Chevron no Golfo do México permaneceu em níveis normais, acrescentou.

mil alto marOutra produtora de petróleo e gás, a Woodside Energy, está monitorando as condições climáticas no Golfo e planeja implantar um plano de resposta para lidar com a tempestade, se necessário. Os portos de Cedar Key, Key West e Sand Key, na Flórida, foram fechados ao tráfego de embarcações. As restrições de navegação foram impostas em quase todos os portos restantes na Flórida, incluindo Miami, Port Everglades, Palm Beach, Tampa, St. Petersburg, Fort Myers, SeaPort Manatee, Panama City, St. Joe, Port Canaveral, Jacksonville e Fernandina. Outros portos no Mississippi e no Alabama que movimentam importações e exportações de petróleo e combustível, incluindo Pascagoula e Mobile, permaneceram abertos. As instalações de GNL na Costa do Golfo dos EUA estão, em sua maioria, fora do caminho da tempestade. No entanto, ospemex Estados Unidos exportam volumes marginais de GNL em contêineres ISO dos portos de Miami e Fort Lauderdale, mostram dados do Departamento de Energia dos EUA.

A previsão é que a tempestade atravesse a região costeira do Banco Campeche, ao norte da Península de Yucatán, no México, onde estão situadas as maiores operações de produção de petróleo e gás natural da petroleira estatal mexicana Pemex, antes de se mover pelo leste do Golfo do México e se aproximar da costa oeste da Península da Flórida. Para lembrar, nas últimas semanas, os produtores no Golfo do México, nos EUA, fecharam algumas  plataformas e a produção em antecipação a outras tempestades tropicais e furacões na área. A Shell paralisou a produção nos ativos de Perdido, Auger e Enchilada/Salsa, no início de setembro devido ao Furacão Francine, que atingiu a Louisiana. A Chevron, a Shell e  a Equinor começaram a evacuar funcionários de instalações offshore após receberem alertas sobre o furacão Helene. As empresas petrolíferas dos EUA investiram pesadamente em infraestrutura resistente a tempestades, mas lidar com o clima extremo frequente continua desafiador. Além de evacuar a equipe, elas devem garantir que as instalações offshore possam suportar ventos fortes, ondas intensas e possíveis inundações.

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