ALINHADO COM A UNIÃO EUROPEIA, MINISTRO DO AMBIENTE DE PORTUGAL DIZ QUE O PAÍS VAI CESSAR EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO EM 2050 | Petronotícias




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ALINHADO COM A UNIÃO EUROPEIA, MINISTRO DO AMBIENTE DE PORTUGAL DIZ QUE O PAÍS VAI CESSAR EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO EM 2050

mw-860Se depender do  Ministro do Ambiente de Portugal, seu país não terá  novas explorações de gás ou petróleo a partir de 2050. Ele garantiu durante uma entrevista na COP 25, que está sendo realizada em Madrid, na Espanha, que Portugal está alinhado com a União Europeia, defendendo que todos os países membros devem apontar para a neutralidade carbônica em 2050. Em declarações aos jornalistas, João Pedro Matos Fernandes afirmou esperar que “todos os países membros se comprometam com essa neutralidade. Para o governo português, “não faz parte do roteiro a exploração do gás natural.  Não acredito que haja espaço para que mais alguém a venha a desejar mais à frente”. Em relação ao conturbado caso da exploração de Petróleo na zona de Leiria, o ministro afirmou que se está “muito longe de saber se vai haver mesmo exploração. Atualmente está sendo feito um estudo de impacto ambiental”, Pelo acordo da União Europeia, que Portugal defende, em 2050 só emitirão o dióxido de carbono o país que tenha que cobertura vegetal seja capaz de absorver.

Os dois pontos mais importantes em discussão nesta conferência são, para Matos Fernandes, a criação de um novo mecanismo de créditos de licenças de emissão de swscarbono e os mecanismos de compensação por perdas e danos em consequência das alterações climáticas. O ministro defendeu que é preciso “criar um novo mecanismo de créditos de carbono à escala mundial” e que desapareçam os créditos anteriores decorrentes do protocolo de Quioto, “que já não fazem sentido”. João Pedro Matos Fernandes indicou que tem de acabar a possibilidade de dupla contagem, em que tanto um país que compra como um país que vende licenças de emissão possam contar esse volume de emissões para as suas metas, algo em que alguns países têm interesse próprio. “Países como o Brasil são grandes vendedores de créditos de carbono e insistem muito para que a dupla contagem se mantenha”.

Quanto às compensações por perdas e danos decorrentes das alterações climáticas, “Portugal é dos países que mais sofre com as alterações climáticas, mas não está em Madrid para responsabilizar ninguém. O que queremos é que todos os países se comprometam com a mitigação, reduzindo as suas emissões. Portugal também quer fundos comunitários para o  investimento contínuo que é preciso para o sul, onde persiste a seca e onde o país já perdeu 13 quilômetros quadrados de costa. Portugal também assumiu a “opção consciente de aumentar a sua contribuição para o Fundo Verde Climático”. Um fundo que é destinado a apoiar as transições energéticas nos países menos desenvolvidos. sublinhando que os portugueses, através do seu próprio Fundo Ambiental, já apoiam projetos de energias limpas nos países africanos de língua oficial portuguesa e na Tunísia.

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