ALTA NOS PREÇOS E REDUÇÃO DE CONSUMO DE GASOLINA E ÓLEO DIESEL DERRUBAM VOLUME DE IMPORTAÇÕES DESSES COMBUSTÍVEIS

Consequências e resultados da greve dos caminhoneiros em maio do ano passado: a  importação de diesel caiu 10% em 2018 em relação ao ano anterior, refletindo a interferência do governo na política de preços do combustível a partir de junho, após a greve dos caminhoneiros. O volume caiu   73,2 milhões de barris, Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A  importação de gasolina teve queda ainda maior, de 34%, para 18,6 milhões de barris, apesar do preço ter mantido paridade com o mercado internacional durante quase todo o ano. A queda pode ser explicada pelo aumento do consumo de etanol no País e também pela redução do consumo.

A política de preços dos derivados de petróleo da Petrobrás mudou a partir de julho de 2017, na gestão de Pedro Parente, que se demitiu da presidência da companhia, pressionado pela greve dois caminhoneiros que botou o país de cabeça pra baixo devido a política que ele impôs à companhia,  passando a ser ajustada ao sabor do preço do mercado internacional diariamente. O governo decidiu subsidiar o diesel, o que afastou os importadores do combustível. Posteriormente, a Petrobrás decidiu flexibilizar os períodos dos ajustes para evitar que a alta volatilidade do petróleo passasse para o consumidor brasileiro. A gasolina passou a ter um prazo de até 15 dias para ser ajustada e o diesel, de sete dias.

No total, o País importou 206 milhões de barris de derivados de petróleo, 8,3% a menos do que os 224,7 milhões importados em 2017, quando foi batido o recorde dentro da série histórica da ANP iniciada em 2000. Há 18 anos, o País importava cerca de 100 milhões de barris derivados. Em valores, as importações somaram em 2018 US$ 14,6 bilhões, contra US$ 12,9 bilhões em 2017, alta de 13,1%. Os dados da ANP mostram ainda, que a importação de diesel voltou o patamar de 2014, quando a Petrobras mantinha os preços desalinhados do mercado internacional e o volume comprado no exterior atingiu 70,9 milhões de barris.

No meio da tarde desta segunda-feira, o Sindigás divulgou uma nota para informar que as empresas distribuidoras associadas à entidade foram comunicadas pela Petrobrás que o GLP para residências  de ate 13 kg dicará mais caro a partir da meia noite desta terça-feira(5). O reajuste vai oscilar  entre 0,5 e a,4%, de acordo com o polo de suprimento. Pelos cálculos do sindicato, o valor do GLP empresarial esta 13,4% acima do GLP para residências.