AMBIENTALISTAS ALEGAM TEREM DESCOBERTOS “PEDRAS ANCESTRAIS” E PEDEM PARA PARAR OBRA DE OLEODUTO SOB O LAGO MICHIGAN
Lá como cá, os ambientalistas se parecem muito nas ações que tomam em quase todo o mundo. Vão onde dá audiência. No Rio de Janeiro, houve uma obra de importância estratégica para os portos de Itaguaí, que teve a construção de uma ponte atrasada por meses, porque “descobriram” uma perereca que só havia sido vista ali, justamente no local da obra. Agora, nos Estados Unidos, um grupo de não cientistas disse que “pode ter encontrado um sítio cultural no fundo do Estreito de Mackinac”, exatamente no local onde será construído um túnel onde um novo oleoduto será lançado para substituir uma das linhas que passam por baixo do lago Michigan. Um grupo de membros tribais e outras pessoas usaram um veículo subaquático operado remotamente para tirar fotos de formações rochosas que “poderiam ser sinais de uma cultura ancestral”. (foto à direita).
Hoje, se o governo fosse dar atenção aos exageros, os extremos, que alguns ambientalistas ordenam suas ações, algumas belezas reconhecidas internacionalmente no Rio, jamais seriam construídas, como o Parque do Aterro do Flamengo, o bairro da Urca, o Bondinho do pão de Açúcar, o Calçadão de Copacabana e o Cristo Redentor, por
exemplo. A companhia canadense Enbridge, responsável pelo projeto do novo oleoduto, conduziu pesquisas de avaliação cultural recentemente e não conseguiu encontrar esse site. As perguntas estão surgindo agora sobre como Enbridge não percebeu e como a descoberta poderia impactar o projeto do túnel da Linha 5.
“Por que temos que confiar em Enbridge para todas as informações que temos e por que não temos nenhuma de nossas próprias informações?”, disse a Protetora de Água Terri Wilkerson. “O que somos nós sem nossa história? Precisamos saber o que começou isso”, disse Andrea Pierce, cidadã do Little Traverse Bay Band of Odawa Indians. “Por que as histórias, culturas e história de NA são encobertas e escondidas?” Em fevereiro, um arqueólogo da Universidade de Michigan enviou uma carta ao Escritório de Preservação Histórica do Estado sugerindo que a busca da empreiteira de Enbridge havia ignorado o local cultural enquanto fazia sua avaliação cultural do Estreito no ano passado.
Curioso é saber, mesmo sendo verdade, quem irá visitar esse “sítio arqueológico” ? E mais: quando for furado, o túnel passará a mais de 25 metros sob o leito do lago. Em nada irá interferir nas ” pedras ancestrais”. São argumentos que não fazem sentido nenhum, que só servem para postergar o avanço do oleoduto criar problemas e prejuízos.
O porta-voz da Enbridge, Ryan Duffy (foto), disse que “A Enbridge não limitou de forma alguma o escopo ou limitou essa avaliação. A empresa está comprometida em identificar itens culturalmente significativos no Estreito. O projeto do túnel seria de 18 a 30 metros abaixo do leito, então não afetaria o leito.” O Departamento de Meio Ambiente, Grandes Lagos e Energia de Michigan disse que a decisão final sobre a concessão de licenças relacionadas à pesquisa de avaliação cultural da Enbridge provavelmente ocorrerá no início de dezembro.
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