AMBIENTALISTAS ATIVISTAS E SÓCIOS DA EXXONMOBIL ESTÃO EXIGINDO QUE A EMPRESA MUDE A NATUREZA DE SEU NEGÓCIO NO MUNDO
Orlando – por Fabiana Rocha – Se a moda pega, muitas gigantes do mundo do petróleo vão estar em palpos de aranha. A maior empresa de petróleo do mundo, a ExxonMobil, está enfrentando ativistas ambientalistas dentro de seu próprio organismo. Acionistas da empresa, a Arjuna Capital e a Follow This, estão exigindo que a companhia mude o seu negócio e adote benchmarks de emissões de Escopo 3 em uma tentativa de reduzir a pegada de carbono da empresa. A Exxon agora tenta excluir as duas empresas de uma próxima reunião societária marcada para o mês de maio, em Houston, Texas, sede da companhia. A gigante do petróleo apresentou uma queixa contra as empresas no Tribunal Distrital dos Estados Unidos, em um Distrito ao Norte do Texas, alegando que a sua iniciativa “não procura melhorar o desempenho econômico da ExxonMobil ou criar valor para os acionistas”. Em vez disso, a empresa vê as resoluções não vinculativas apresentadas pelas duas empresas de investimento ativistas como “restritivas e de microgestão e calculadas para diminuir o negócio existente da empresa”.
“Os réus estão pedindo à Exxon Mobil que mude seus negócios diários, alterando o mix de – ou mesmo eliminando – alguns dos produtos que vende”, explicou a empresa em seu processo. Em última análise, o objetivo é “forçar a ExxonMobil a mudar a natureza da sua atividade normal ou a encerrar totalmente a atividade.”
Já a Arjuna Capital e a Follow This estão defendendo que a ExxonMobil adote benchmarks de emissões de Escopo 3 para reduzir a pegada de carbono. “Com este passo, a ExxonMobil deseja claramente impedir que os acionistas usem seus direitos”, disse o fundador da Follow This, Mark van Baal, em um comunicado. “Aparentemente, o conselho teme que os acionistas votem a favor das metas de redução de emissões.” A sócia-gerente da Arjuna Capital, Natasha Lamb, defendeu a moção: “Temos o direito e o dever fundamentais de expressar preocupação com o risco climático, seus impactos na economia global e no valor para os acionistas.” Na segunda-feira (22), o juiz Mark Pittman, nomeado por Donald Trump, foi designado para o caso.
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