AMEAÇA DE GREVE DE TRABALHADORES PODE PÔR EM RISCO PRODUÇÃO DE PETRÓLEO NO MAR DO NORTE
A GMB, uma central sindical do Reino Unido que tem mais de 631 mil membros que trabalham em quase todos os setores industriais, está ameaçando fazer movimentos em favor de uma greve depois de uma longa disputa sobre salários e condições para os trabalhadores do Mar do Norte. As discussões salarias e de melhorias de condições profissionais estão sendo travadas com a OCA, Offshore Contractors Association. A GMB já notificou a OCA informando-os que pretendem ouvir e colocar em votação a greve os trabalhadores da indústria do petróleo do Mar do Norte.
A GMB diz que os sindicatos “esgotaram todos os procedimentos para tentar chegar a um acordo, que incluiu o envolvimento do serviço de arbitragem do Reino Unido. Nossos membros têm desempenhado seu papel durante os últimos dois anos, vendo milhares de perdas de emprego e também congelamento de pagamento. É hora de o OCA parar de jogar e voltar para a mesa com um compromisso genuíno para melhorar a oferta. Juntamente com nossos colegas de outros sindicatos, a mensagem de nossos membros é bastante clara: basta.”
Em março, os sindicatos rejeitaram uma proposta apresentada pela OCA. Cerca de 60% dos membros da GMB votaram contra a aceitação do acordo, enquanto 80% dos membros da Unite, outra central sindical, votaram para rejeitá-lo. A proposta de março não apresentava nenhum aumento e nenhuma alteração nas condições dos trabalhadores. A OCA disse que ainda estava disposta a implementar um aumento de 2% no pagamento básico para os funcionários offshore, apesar dos planos da GMB de realizar uma votação para que os trabalhadores façam a greve:
“Nossa oferta garante que o pagamento básico estará ligado à inflação até 2019, garantindo que os salários acompanhem o custo de vida. Acreditamos que nossa oferta equilibra a necessidade de recompensar os funcionários, ao mesmo tempo que suporta os requisitos de cada empresa membro da OCA e nosso objetivo é coletivo geral. Para garantir oportunidades de emprego no Mar do Norte agora e no longo prazo. Estamos buscando ativamente resolver esta disputa e continuaremos a fazer tudo o que pudermos para evitar qualquer interrupção. A greve só servirá para tornar os investimentos no Mar do Norte menos atraentes e comprometer o futuro a longo prazo da indústria”
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