AMÉRICA LATINA REDUZ SUA DEPENDÊNCIA DE DERIVADOS DOS ESTADOS UNIDOS E PERDE ESPAÇO PARA PRODUTO RUSSO | Petronotícias





AMÉRICA LATINA REDUZ SUA DEPENDÊNCIA DE DERIVADOS DOS ESTADOS UNIDOS E PERDE ESPAÇO PARA PRODUTO RUSSO

REFINARIAA América Latina está reduzindo sua dependência de produtos refinados dos EUA desde o início da pandemia de covid-19. Esse movimento se deve a uma demanda geral mais fraca, o diesel russo substituindo os barris de origem dos EUA no Brasil e atualizações nas refinarias reduzindo a necessidade de importações no Chile, Colômbia e Peru. A constatação foi publicada nesta semana pela S&P Global.

A América Latina e o Caribe importaram 77,6 milhões de barris de produtos refinados dos EUA em março, uma queda de 2% em relação ao mês anterior, 18% em relação ao ano anterior. É o menor volume desde abril de 2023, de acordo com dados da Administração de Informação de Energia dos EUA divulgados no final de maio. No entanto, os EUA exportaram 198 milhões de barris para todos os países em março, a terceira maior quantidade graças ao aumento das exportações de GLP, como propano e butano, para a Ásia.

A porcentagem de exportações dos EUA para a América Latina caiu quatro pontos, para 39%, a mais baixa desde 38% em maio de 2020 e, antes disso, remontando aos meses de recessão em 2008 e 2009. A América Latina costumava importar metade de todos os produtos dos EUA antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, incluindo um recorde de 99,4 milhões de barris em agosto de 2022. O diesel russo quase completamente deslocou os barris dos EUA nas necessidades de importação do Brasil, com apenas 138.000 barris – metade de uma carga – vindos dos EUA em março, a primeira vez desde 2015 que não chegaram cargas completas dos EUA.

O Brasil tem uma necessidade contínua de cargas de diesel, mas revertê-la de volta para os EUA adicionaria apenas três pontos percentuais ao volume de origem dos EUA para a América Latina.

biodiesel__imprensa_agencia_petrobras_3O México liderou todos os países em importações de produtos dos EUA com 35,8 milhões de barris em março, um aumento de 11% em relação a fevereiro, mas uma queda de 19% em relação às importações no mesmo mês do ano passado. O Brasil normalmente ficava na segunda posição, mas caiu para o quinto lugar com 3,27 milhões de barris, uma queda de 41% no mês e 38% no ano, atingindo seu nível mais baixo desde outubro de 2015. A maior parte das importações de produtos dos EUA pelo Brasil é composta por nafta e coque de petróleo.

O Chile saltou para a segunda posição nas importações de produtos dos EUA em março, aumentando as cargas em 15% no mês para 6,12 milhões, mas 27% abaixo dos níveis de um ano atrás, antes de completar trabalhos planejados prolongados em duas refinarias. A Guatemala ficou em terceiro lugar com 3,45 milhões em importações dos EUA, praticamente o mesmo que no mês anterior, mas uma queda de 30% em relação ao ano passado. O Panamá, um centro de armazenamento, ficou em quarto lugar com 3,39 milhões, um aumento de 9% no mês e uma queda de 24% no ano.

O Peru ficou em sexto lugar com 2,86 milhões de barris, uma queda de 3% no mês e 13% no ano. Em dezembro de 2023, o Peru colocou totalmente em operação a expansão atrasada de $5,3 bilhões de sua refinaria de petróleo Talara, de 95.000 barris por dia. O Equador foi o sétimo entre os importadores com 2,66 milhões de barris, a República Dominicana oitava com 2,57 milhões de barris, Honduras nona com 2,47 milhões de barris e a Colômbia décima com 2,3 milhões de barris.

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