ANEEL VAI DECIDIR SE PROJETO DE TÉRMICA DO RIO GRANDE VAI PRA FRENTE OU NÃO VAI
Nas próximas semanas haverá a definição se o projeto de construção de uma termelétrica associada a um terminal de regaseificação em Rio Grande, no Rio Grande do Sul, irá para frente ou não. O projeto vive agora dias decisivos. Após série de atrasos, ainda poderá sair do papel ou terá a autorização definitivamente cassada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A usina movida a gás natural de 1,238 mil megawatts (MW) está orçada em R$ 3 bilhões, foi viabilizada com a venda da energia em leilão do governo federal realizado no final de 2014. Deveria começar a operar em janeiro de 2019, mas o grupo gaúcho Bolognesi — dono do projeto após adquiri-lo em 2010 da consultoria Gas Energy— alega não ter encontrado ambiente para fazer o empreendimento deslanchar. Com o acirramento da crise no país, o dólar subiu, as fontes de financiamento secaram e a Shell, que negociava a compra do empreendimento, desistiu.
A Aneel chegou permitir o início da geração para janeiro de 2021, mas no início do mês, diante da inexistência de avanço do projeto, revogou a licença da usina, poucos dias depois de a Bolognesi informar ao mercado que estava vendendo a térmica para a americana New Fortress Energy. Para justificar a decisão, a Aneel sustentou que a Bolognesi não apresentou a documentação necessária para comprovar a transferência de controle e não avançou em pontos básicos, como estruturação financeira, contrato para fornecimento de gás e licenciamento ambiental.
Deixe seu comentário