ANO ATRIBULADO COM PANDEMIA E ROMPIMENTO DO ACORDO COM A BOEING REFLETEM NO RESULTADO DA EMBRAER
Os resultados ruins do primeiro trimestre do ano da Embraer já era esperado pelo mercado. A companhia fez uma provisão adicional perdas de crédito durante a pandemia de R$ 163,1 milhões. Em janeiro, os funcionários entraram em férias para finalizar o acordo com a gigante americana Boeing. A queda na receita, já era esperada. Em março, a Embraer novamente teve que afastar os trabalhadores, mas desta vez a razão era a chegada do Coronavírus. Apesar e mesmo com essas duas inciativa da empresa o resultado teria sido negativo em R$ 433,6 milhões no período, frente aos R$ 229,9 milhões do prejuízo líquido ajustado nos primeiros três meses de 2019.
A receita despencou de R$ 3,1 bilhões, alcançados no primeiro trimestre do ano passado para para R$ 2,8 bilhões nos primeiros três meses deste ano. No primeiro trimestre, a empresa fez cinco entregas de aviões comerciais, frente a 11 no primeiro trimestre de 2019. Na aviação executiva, foram nove entregas frente a 11 no mesmo período do ano passado. O presidente da empresa, Francisco Gomes Neto, disse que ““ Não tivemos nenhum cancelamento de encomendas, mas vamos adiar as entregas. Estamos nos recuperando fazendo a reintegração da área de aviação comercial à empresa.”
A Embraer informou que os impostos que foram pagos adiantados por causa da parceria, serão recuperados nos próximos trimestres. O segmento de aviação comercial desembolsaria US$ 4,2 bilhões por 80% de uma joint venture com a fabricante brasileira de aviões. Com o acordo desfeito, a Embraer quer ser ressarcida dos custos que teve e entrou com uma ação contra a empresa americana numa Câmara de Arbitragem. Em comunicado a Embraer informou que atualmente “ Não está negociando com a estatal COMAC da China, a Irkut da Rússia e ou a Índia sobre qualquer possível acordo para substituir o da Boeing.” acrescentando que avalia regularmente possíveis opções de parceria.
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