ANP APROVA INÍCIO DA OFERTA PERMANENTE DE ÁREAS
A diretoria da ANP aprovou nesta terça-feira (28) o início do processo de oferta permanente de áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural. O processo prevê a oferta contínua de campos devolvidos, ou em processo de devolução, de blocos exploratórios ofertados em rodadas anteriores e não arrematados e também dos blocos devolvidos à Agência. Foram selecionados 846 blocos de 13 bacias sedimentares brasileiras, totalizando 285.399,65 km2, o que corresponde, por exemplo, a 28 vezes a área da Bacia do Recôncavo. As áreas selecionadas incluem blocos nas bacias maduras terrestres do Recôncavo, Potiguar, Sergipe-Alagoas e Espírito Santo. Também estão previstos blocos nas bacias terrestres de nova fronteira do Acre, Amazonas, Paraná, Parnaíba, São Francisco e Tucano, além de blocos nas bacias marítimas do Pará-Maranhão, Sergipe-Alagoas, Campos e Santos.
A proposta prevê ainda 15 áreas com acumulações maduras nas bacias terrestres do Espírito Santo, Potiguar e Recôncavo. As áreas selecionadas pela ANP ainda dependem de avaliação dos órgãos ambientais competentes. Os blocos selecionados para a Oferta Permanente serão divulgados no sítio Brasil Rounds a partir de 30 de novembro de 2017, quando os agentes econômicos poderão obter informações mais detalhadas. Até o final de abril de 2018, a ANP divulgará as regras para participação e os parâmetros técnicos e econômicos das áreas em oferta permanente, quando o processo de licitação será iniciado de forma contínua. As sessões de apresentação de ofertas deverão ocorrer a partir de novembro de 2018.
Para a realização da sessão de apresentação de ofertas, a ANP deverá ter recebido ao menos uma manifestação com o aporte da garantia de oferta para cada área de interesse. A abertura do processo de oferta permanente representa mais um passo importante na retomada da atividade de exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil. Ao trazer oportunidades para empresas de distintos perfis e tamanhos, faz parte do conjunto de medidas que estão sendo adotadas visando ao desenvolvimento de um setor diversificado, dinâmico e competitivo nos diferentes ambientes exploratórios existentes no Brasil: pré-sal, mar convencional e terra. Os resultados esperados são o aumento dos investimentos e da produção de petróleo, com impactos na arrecadação e na geração de emprego e renda, especialmente nas regiões selecionadas.
Finalmente uma decisão lúcida. Precisa ser completada com a disponibilidade do acervo, para os interessados nas áreas ou blocos, para que se possa fazer avaliações mais completas dos plays disponíveis e efetiva alocação de recursos via perfuração de novos poços, Também é necessária uma diferenciação tributária capaz de criar incentivos para abrir o máximo possível de investidores. O BNDES deveria ter linhas específicas de financiamento para a atividade.
Eis uma excelente notícia, há muito defendida e aguardada pelo setor de E&P!
Esta medidato pode significar o início efetivo de destravamento do setor, notadamente naquilo relativo às bacias terrestres maduras, onde a dinâmica do processo de exploração, descoberta e desenvolvimento da produção é muito rápida, podendo ser realizada em questão de poucos meses.
Esperamos que CNPE/ANP inclua nos parâmetros econômicos a permuta do bônus em dinheiro por compromissos adicionais ao PEM ou PTI, fortalecendo ainda mais os investimentos na pesquisa e DP dos blocos e campos.