ANP APROVA POSTERGAÇÃO DA DECLARAÇÃO DE COMERCIALIDADE DE JÚPITER ATÉ 2026
A diretoria da Agência Nacional do Petróleo (ANP) aprovou hoje (10) a postergação por cinco anos da declaração de comercialidade da descoberta de Júpiter, no bloco BM-S-24, na Bacia de Santos. Essa foi a segunda vez que o prazo foi prorrogado – a primeira aconteceu em 2016. A nova data limite passará a ser novembro de 2026.
O bloco é operado pela Petrobrás (80%), em consórcio com a Petrogal (20%). A estatal alegou que pediu a postergação por conta dos altos teores de gás carbônico contidos na acumulação, situação extremamente desafiadora do ponto de vista técnico. A Petrobrás diz que diante desse cenário, será necessário o desenvolvimento tecnológico para permitir o aproveitamento dos hidrocarbonetos descobertos.
“A operadora [Petrobrás] informa que o Consórcio fez investimentos vultosos, com o cumprimento do programa exploratório mínimo e a realização dos compromissos estabelecidos no Plano de Avaliação e investimentos durante a primeira postergação, incluindo um teste de formação em julho de 2020 para a obtenção de fluidos para o teste da tecnologia HISEP”, detalhou a diretora da ANP, Marina Abelha, que foi relatora do pedido de postergação.
Em setembro de 2020, a Petrobrás anunciou que o teste de formação em Júpiter teve resultados animadores, que apontaram para uma excelente produtividade do poço, vazões elevadas e um óleo condensado de altíssimo valor agregado. Já em janeiro desse ano, a Petrobrás declarou que lançou o edital para contratação de fornecedores para execução do projeto, construção, instalação e realização de testes da tecnologia HISEP. A empresa estima que a fabricante escolhida seja anunciada no mês de agosto. O equipamento deverá ser instalado em 2025. A inovação, patenteada pela companhia, visa separar e reinjetar, ainda no fundo do mar, o gás com elevado teor de CO2 produzido junto com o petróleo.
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