ANP COMEMORA 20 ANOS, ESTIMA 22 NOVAS PLATAFORMAS ATÉ 2026 E DEFENDE QUEBRA DE CONTEÚDO LOCAL
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) completa no próximo domingo (14) seu 20º aniversário, comemorando os resultados obtidos no setor desde então. Além de olhar para os feitos do passado, o órgão também mira o futuro, fazendo estimativas sobre o crescimento da indústria de petróleo do Brasil. Até 2026, a agência estima que 22 novas plataformas serão contratadas, com potencial de arrecadação anual de R$ 2,6 bilhões cada uma.
Nós cálculos feitos pela entidade, foram usados os custos típicos dos projetos de E&P e preço do petróleo de US$ 50 por barril. A ANP realizou uma simulação para uma unidade de produção padrão do pré-sal, de 150 mil barris por dia e chegou a conclusão de que, nos dez primeiros anos de atividade da unidade, o Estado capturará, em média, cerca de R$2,6 bilhões por ano, em valores nominais, enquanto que as empresas ficam com uma parcela menor: R$ 870 milhões.
A agência também sinaliza que vai manter a postura adotada até aqui em relação a política de conteúdo local e aos pedidos de isenção de contratação de itens nacionais (waiver). “A aprovação da resolução de waiver é fundamental para que os projetos de desenvolvimento nas áreas contratadas possam ser executados dentro de parâmetros econômicos competitivos, atraindo investimentos e beneficiando a sociedade brasileira”, afirmou. A agência também usa números da Wood Mackenzie para afirmar que a aprovação desta resolução (que disciplina critérios, requisitos e procedimentos aplicáveis ao waiver e que quebra o conteúdo local em contratos desde a 7ª rodada) é capaz de acelerar o desenvolvimento de 20 bilhões de barris de óleo equivalente em projetos do pré-sal.
No ano em que foi criada a ANP, o Brasil tinha 14 bilhões de barris de petróleo e 410 bilhões de m³ de gás natural em reservas totais e, considerando as reservas provadas, 7 bilhões de barris de petróleo e 226 bilhões de m3 de gás natural. De acordo com os números do órgão, em dezembro de 2016 (números mais recentes disponíveis), esses números já haviam saltado para quase 23 bilhões de barris de petróleo e 637 bilhões de m³ de gás (reservas totais) e 13 bilhões de barris de petróleo e 377 bilhões de m³ de gás (reservas provadas).
A ANP é hoje um órgão de Wall Street encravado no governo. O Governo é tacanho e não vê as necessidades do povo brasileiro como prioridade. Desenvolvimento e geração de empregos não é negocio do governo. O que vemos hoje é uma total entrega do patrimônio brasileiro sem nada em troca como se fosso uma mega Angola.