ANP DEFENDE MAIS AÇÕES PARA AUMENTAR A PRODUÇÃO DE GÁS NATURAL NO BRASIL | Petronotícias




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ANP DEFENDE MAIS AÇÕES PARA AUMENTAR A PRODUÇÃO DE GÁS NATURAL NO BRASIL

Por Daniel Fraiha, Paulo Hora e Bruno Viggiano –

Magda 1A diretora-geral da ANP, Magda Chambriard (foto), disse ser necessário tomar iniciativas para aumentar a produção brasileira de gás natural. Em apresentação na abertura da feira Rio Oil & Gas, ela mostrou um gráfico que projeta uma ligeira redução no volume produzido nos próximos anos, ao contrário do que acontecerá com o petróleo.  “Já exportamos 100 mil barris de petróleo cru por dia, mas ainda somos importadores de 48 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, principalmente da Bolívia. Precisamos fazer mais coisas para aumentar a produção de gás e nisso as descobertas do pré-sal serão muito importantes”, explicou.

Segundo Magda, a produção de petróleo do país, atualmente em 2,2 milhões de barris por dia, irá dobrar até 2020, mas existe o desafio de acompanhar a evolução tecnológica necessária para a exploração em águas profundas e ultraprofundas, onde o prazo de maturação dos investimentos é maior, assim como serão as exigências ambientais. “Os investidores vão ter que se acostumar com esse cenário”, disse. A diretora também deu ênfase à necessidade de descentralizar os investimentos na exploração. “Buscamos investir em exploração de norte a sul para reduzir as desigualdades, já que, hoje, 80% da produção vem da região Sudeste”, acrescentou.

Magda disse esperar que, no horizonte de até 10 anos, os produtos fabricados no Brasil possam competir em qualquer mercado no mundo. Falando especificamente sobre o setor naval, ela afirmou que o país está a alguns passos de se tornar exportador de equipamentos submarinos. “A indústria naval brasileira passa por uma fase de ressurgimento e, em dez anos, será uma das mais competitivas do mundo. Nossos estaleiros estão repletos de encomendas com altíssima porcentagem de conteúdo local”, acrescentou. Ela destacou a tendência de aumentar a busca de soluções tecnológicas para levar estrutura de produção para o leito marinho, de modo a aumentar a produtividade.

Sobre as próximas rodadas, Magda disse que o foco da ANP será a Margem Leste e revelou que algumas recomendações de áreas para serem ofertadas na 13ª rodada de licitações, que acontecerá no primeiro semestre do ano que vem, já foram encaminhadas ao Ministério de Minas e Energia, mas a definição ocorrerá após conversas entre a agência e o Ibama, que deverão se reunir em dezembro. A diretora negou a possibilidade de se flexibilizar a exigência de conteúdo local. “Para nós o conteúdo local é um parâmetro de oferta e não pode ser flexibilizado. Em um momento adequado vamos contabilizar e verificar se foi cumprido conforme contratado. Caso não tenha sido, aplicamos multa. Para as próximas rodadas não discutimos essa questão ainda, mas não há nenhuma indicação de que será alterada”, acrescentou.

No cenário internacional, Magda destacou os Estados Unidos. Segundo ela, o país norte-americano tem reduzido, desde 2008, sua dependência no setor de óleo e gás. “Isso está acontecendo graças aos recursos não convencionais, o que, até há pouco tempo, nem eles poderiam imaginar”, acrescentou.

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