ANP DEFINE FUTURO DAS CHINESAS NO LEILÃO DO PRÉ-SAL
Por Daniel Fraiha (daniel@petronoticias.com.br) –
Saiu a posição da ANP sobre como as chinesas devem se portar no 1° leilão do pré-sal. Como já era esperado, as gigantes estatais CNOOC e CNPC deverão ser obrigatoriamente do mesmo consórcio, já que não poderão fazer ofertas separadas. A novidade é que a Repsol Sinopec e a Petrogal não terão restrição para atuar na rodada, em que será leiloada a área de Libra, na Bacia de Santos.
A dúvida surgiu quando a Comissão Especial de Licitação (CEL) alertou as empresas para a impossibilidade de grupos pertencentes a um mesmo dono fazerem ofertas distintas. Como a Petrogal e a Repsol Sinopec possuem participação acionária do governo chinês, acreditou-se num primeiro momento que elas também seriam obrigadas a fazer parte do mesmo consórcio da CNOOC e da CNPC. No entanto, a ata da reunião da CEL do último dia 4 mostra que elas estão livres de restrições deste tipo.
Mesmo assim, tanto a Repsol Sinpec quanto a Petrogal devem buscar parcerias, porque ambas foram classificadas como nível “B” (capacitadas para operar em terra e águas rasas), sendo que o edital afirma ser obrigatória a participação de ao menos uma empresa de nível “A” no consórcio vencedor.
Além delas duas, estão habilitadas a participar do leilão as petroleiras CNOOC (nível “A”), CNPC (nível “A”), Ecopetrol (nível “B”), Mitsui (nível “B”), ONGC Videsh (nível “A”), Petrobrás (nível “A”), Petronas (nível “A”), Shell (nível “A”) e Total (nível “A”).
O leilão está marcado para dia 21 de outubro, no Rio de Janeiro. O bônus fixo para a aquisição da área de Libra, onde a ANP estima que haja de 8 bilhões a 12 bilhões de barris recuperáveis de óleo, é de R$ 15 bilhões e a Petrobrás será obrigatoriamente a operadora, além de deter no mínimo 30% de participação no negócio.
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