ANP DETERMINA QUE PETROBRÁS PARALISE TODAS AS ATIVIDADES EM CAMPOS TERRESTRES NA BAHIA
Um revés para as operações da Petrobrás no Nordeste brasileiro. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) notificou a empresa nesta segunda-feira (12), ordenando que a estatal paralise as suas atividades em diversas instalações terrestres de produção de óleo e gás na Bahia. A petroleira terá 72 horas para cumprir a decisão. A informação foi inicialmente divulgada hoje pelo Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA) e confirmada pela Petrobrás.
“A Petrobrás informa que, após auditoria realizada pela ANP, recebeu nesta segunda-feira auto de interdição para a paralisação da operação em 37 instalações terrestres de produção de petróleo e gás na Bahia. A companhia está atuando nas providências necessárias para parada segura das instalações e reforça que realiza suas operações de acordo com os mais rigorosos padrões internacionais de segurança, saúde e respeito ao meio ambiente”, afirmou a Petrobrás em nota enviada ao Petronotícias.
Segundo o Sindipetro-BA, os técnicos da ANP encontraram problemas e irregularidades, recomendando a paralisação total desses campos até que a Petrobrás regularize todos os problemas. Alguns dos diretores da entidade sindical, que estão acompanhando a questão, relataram que a decisão da ANP foi contestada por técnicos da Petrobrás, que chegaram a propor prazos para corrigir os problemas.
“O Sindipetro-BA chama a atenção que será paralisado um negócio de 20 mil barris de petróleo por dia e de R$ 4 bilhões de faturamento bruto por ano, impactando diretamente o orçamento de sete municípios (Esplanada, Cardeal da Silva, Entre Rios, Alagoinhas, Catu, São Sebastião do Passé e Araças), que vão deixar de receber o pagamento de royalties e ISS, que é feito pela Petrobrás. Além disso, a paralisação das atividades vai gerar cerca de 4.500 demissões, que terão de ser feitas pelas diversas empresas que prestam serviços à Petrobrás nessas áreas”, afirmou o sindicato.
O diretor de comunicação do Sindipetro-BA, Radiovaldo Costa, avalia que esta “é uma decisão absurda e desnecessária”. Segundo ele, o problema poderia ser resolvido de outra forma e critica a decisão da ANP. “Essa parada pode significar uma paralisação total dos campos por cerca de seis meses enquanto as adequações serão feitas, então é um negócio completamente descabido”, criticou.
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