ANP DIZ QUE ACIDENTE DE FRADE PODERIA TER SIDO EVITADO PELA CHEVRON
A Chevron não tomou todos os cuidados devidos e descumpriu com o próprio manual de procedimentos, de acordo com a ANP, o que ocasionou o acidente no campo de Frade, em novembro de 2011, que derramou 3,7 mil barris nas águas da Bacia de Campos. A agência afirma ainda, em relatório divulgado nesta quinta (19), que a empresa americana poderia ter evitado o vazamento.
Ao todo, foram 25 infrações encontradas na investigação da agência, que deve multar a empresa em menos de R$ 50 milhões. Inicialmente as estimativas falavam em 2,4 mil barris derramados, mas a ANP informou que ainda vazam cerca de 20 litros de óleo por dia no campo, que teria ficado retido em fissuras das rochas. Contando com esse vazamento contínuo, a agência chegou ao número de 3,7 mil barris.
A diretora da agência, Magda Chambriard (foto), afirmou que a Chevron vai precisar primeiro admitir suas falhas para que possa voltar a operar no país. Segundo ela, a empresa não levou em conta dados de pressão do poço e análise de risco de poços de correlação, o que poderia ter evitado o acidente.
De acordo com Magda, a Chevron deveria ter usado os resultados de testes de resistência em rochas de três poços perfurados anteriormente, o que mostraria ser inviável a perfuração do poço onde ocorreu o problema.
A diretora afirmou ainda que a empresa americana poderia ter percebido antes o vazamento, em função dos indícios apresentados, mas a companhia levou dois dias para notar. O relatório afirma também que a Transocean não teve responsabilidade no acidente, portanto não sofrerá nenhuma punição.
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