INVESTIMENTOS EM EXPLORAÇÃO NO BRASIL DEVEM CHEGAR A R$ 10 BILHÕES EM 2024, COM RECORDE DE POÇOS PERFURADOS | Petronotícias




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INVESTIMENTOS EM EXPLORAÇÃO NO BRASIL DEVEM CHEGAR A R$ 10 BILHÕES EM 2024, COM RECORDE DE POÇOS PERFURADOS

Sonda Margem EquatorialO Brasil deve receber cerca de R$ 10 bilhões em investimentos neste ano em blocos de petróleo e gás que estão na fase de exploração. O dado foi apresentado hoje (2) pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), no Relatório Anual de Exploração (disponível no site da ANP). Desse montante, o ambiente offshore receberá R$ 9,50 bilhões, dos quais R$ 8,50 bilhões na perfuração de poços. Para o ambiente terrestre, a previsão é de R$ 470 milhões de investimentos este ano. O documento destaca ainda que 39 poços devem ser perfurados em 2024. Se a previsão confirmar-se, será um novo recorde no país, superando a melhor marca registrada até então (27 poços, no ano de 2019).

O relatório aponta os investimentos previstos para a fase de exploração com base nos Planos de Trabalho Exploratórios (PTEs) relativos a 2024 apresentados à ANP pelas petroleiras. Ao todo, entre os anos de 2024 e 2027, os investimentos em exploração devem somar R$ 18,31 bilhões. Desse montante, uma parcela de 88% ficará concentrada na perfuração de poços (R$ 16,04 bilhões), enquanto os 12% restantes (R$ 2,27 bilhões) serão distribuídos entre teste de poço (8%), levantamento geofísico exclusivo (3%) e levantamento geofísico não exclusivo (1%).

Além dos quase R$ 10 bilhões para 2024, a ANP prevê mais R$ 7,64 bilhões em 2025, e R$ 701 milhões nos anos de 2026 e 2027. A fase de exploração tem início com a assinatura dos contratos para exploração e produção de petróleo e gás natural. Nela, são realizados estudos para detectar a presença de petróleo e/ou gás natural nas áreas sob contrato, chamadas de blocos, em quantidade suficiente para tornar sua extração economicamente viável. Tendo sucesso nessa etapa, as empresas poderão passar para a fase seguinte do contrato, fase de produção, quando iniciarão a produção e área contratada passará a ser chamada de campo.

O relatório também apresenta um balanço da exploração do Brasil no ano de 2023. Veja os principais pontos:

sonda– O ano de 2023 foi encerrado com 251 blocos sob contrato, sendo 13 sob o regime de partilha de produção e 238 sob o regime de concessão. Entre 2022 e 2023, houve o decréscimo de 44 blocos. A redução pode ser atribuída a dois fatores: ao baixo quantitativo de contratos assinados e ao alto número de blocos devolvidos. Em 2023, apenas quatro contratos foram celebrados, enquanto 48 blocos foram devolvidos. Em dezembro de 2023, ocorreram as sessões públicas de apresentação das ofertas do 4º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão e do 2º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha de Produção. No entanto, a assinatura dos contratos ocorrerá somente no ano de 2024.

– Em relação aos blocos sob contrato por ambiente, em 2023, o ambiente terrestre permaneceu na liderança, com 151 blocos contra 100 blocos no marítimo, dos quais 18 estão localizados no pré-sal.

– No que se refere aos blocos sob contrato em 2023, o ambiente terrestre registrou a maior área contratada (52%), cerca de 84 mil km², e o marítimo, 48% de área sob contrato, cerca de 77 mil km².

sonda terrestre– Como maior parâmetro para a avaliação do desempenho do segmento de exploração de petróleo e gás natural, a perfuração de poços exploratórios tem apresentado desempenho aquém do desejado ao longo dos últimos anos. O ano de 2023 ratificou a tendência de perfuração de, no máximo, um poço exploratório a cada dez blocos sob contrato, resultado verificado desde o ano de 2016. Em 2023, foram perfurados 22 poços na fase de exploração, um a menos do que em 2022.

– Houve, em 2023, 14 poços com notificações de descoberta em terra e quatro em mar. No ano, foram encontrados indícios de hidrocarbonetos apenas em poços perfurados nas bacias de Santos e Campos, ambas com duas notificações cada. Dos 14 poços com notificações de descoberta em bacias terrestres no ano de 2023, nove foram registradas em bacias de nova fronteira, Amazonas (6) e Parnaíba (3); e cinco em bacias maduras, Espírito Santo (4) e Recôncavo (1).

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