APAGÃO DO DIA 15 AINDA NÃO TEVE UMA CAUSA IDENTIFICADA MAS ACENDEU UMA LUZ AMARELA NAS INDÚSTRIAS DE MINAS GERAIS | Petronotícias





APAGÃO DO DIA 15 AINDA NÃO TEVE UMA CAUSA IDENTIFICADA MAS ACENDEU UMA LUZ AMARELA NAS INDÚSTRIAS DE MINAS GERAIS

Tânia Mara SantosO apagão de energia elétrica que aconteceu no dia 15, afetando 25 estados e o Distrito Federal, ainda tem causas misteriosas e acendeu o sinal vermelho na indústria, grande consumidora no País. A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) iniciou uma ofensiva para estimular o debate sobre a necessidade de garantir a segurança energética do Sistema Interligado Nacional – SIN, por meio da ampliação do parque hidrelétrico. Para a FIEMG, o uso de usinas hidrelétricas contribui para o crescimento das demais fontes renováveis. “A geração de energia elétrica na base permite o desenvolvimento também das fontes solar, eólica e biomassa e ainda tem a previsibilidade de produção”, argumenta a gerente de Energia da entidade, Tânia Mara Santos.

De 2006 a 2022, a participação da energia hidrelétrica na matriz energética brasileira caiu de 92% para 72%, segundo dados do Operador Nacional do Sistema – ONS e houve crescimento da participação da geração de energia eólica e solar no Brasil, que são importantes fontes renováveis, mas que, além de ainda terem participação pequena, não armazenam energia, deixando o sistema mais exposto a variações horárias. “É preciso garantir a segurança energética do país sem que haja a necessidade de utilização de energia térmica, mais cara e poluente. É válido destacar que enquanto as hidrelétricas avançaram apenas 12% em geração de energia no período, as fontes térmicas abastecidas com combustíveis fósseis, que são fontes caras e poluentes, cresceram 117%”, disse Tânia.

Para a gerente, é preciso que o Executivo e o Legislativo atuem para simplificar a legislação ambiental. “Esse é o momento de virar a chave. O consumo de energia elétrica é crescente e precisamos de uma fonte segura, limpa, confiável e que possa ser utilizada como base para os momentos de maior demanda e auxiliar, inclusive no crescimento das demais fontes limpas como solar e eólica. Sem isso, podem vir as térmicas movidas a combustíveis fósseis, que sujam a nossa matriz energética, são mais caras, aumentando a conta de energia e afetando negativamente economia”, concliu.

A FIEMG destaca que o surgimento das fontes eólicas e solar na composição da matriz energética como fontes renováveis contribuiu para a sustentabilidade ambiental. No entanto, precisam estar acompanhadas de outras que gerem energia de forma constante, como hidrelétrica, térmica e nuclear. Nesse sentido, a entidade afirma que é preciso repensar a importância das hidrelétricas como fonte firme de energia e suporte à estabilidade ao SIN.

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