APÓS AUTORIZAÇÃO DO IBAMA, MEGA PROJETO DA VALE NO PARÁ VAI INICIAR OPERAÇÃO COMERCIAL EM JANEIRO

A Vale vai entrar numa nova fase de grande expansão em 2017, quando começará a operar comercialmente o projeto Carajás S11D, previsto para alcançar uma produção de 90 milhões de toneladas de minério de ferro por ano quando estiver à plena capacidade. O último passo burocrático para isso foi vencido nos últimos dias, com a emissão da licença de operação por parte do Ibama, e a previsão da empresa é fazer o primeiro embarque comercial ainda em janeiro.

A licença em questão assinada pela presidente do Ibama, Suely Araújo, inclui mina para extração de minério de ferro, usina de beneficiamento, acessos, pilhas de estéril, diques e demais estruturas auxiliares.

Um fator importante para a liberação do projeto é que ele não envolve barragens de rejeitos, o que poderia atrasar as licenças, depois da tragédia da Samarco em Minas Gerais. De acordo com o Ibama, isso se deve à combinação da qualidade do minério a ser lavrado com a tecnologia de beneficiamento proposta durante a análise de viabilidade ambiental do empreendimento.

“O beneficiamento do minério ocorrerá sem a necessidade de adição de água, tornando desnecessário o estabelecimento de barragens de rejeitos”, explicou o instituto em nota.

De acordo com a Vale, os investimentos totais no projeto são de US$ 14,3 bilhões, sendo US$ 6,4 bi aplicados na implantação da mina e da usina e US$ 7,9 bi referentes à construção de um ramal ferroviário de 101 quilômetros, à expansão da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e à ampliação do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís (MA).

Além disso, a vida útil da mina está estimada em 48 anos, com um potencial mineral de 10 bilhões de toneladas de minério de ferro, sendo que só o bloco D possui reservas de 4,24 bilhões de toneladas.