APÓS CAPTAR MAIS R$ 750 MILHÕES PARA NOVOS PROJETOS, SOLFÁCIL ESPERA FECHAR O ANO COM UM CRESCIMENTO DE 43% | Petronotícias




faixa - nao remover

APÓS CAPTAR MAIS R$ 750 MILHÕES PARA NOVOS PROJETOS, SOLFÁCIL ESPERA FECHAR O ANO COM UM CRESCIMENTO DE 43%

Cópia de FOTO_INTERSOLAR 22_3o DIA_25082022 (145) (4)Após captar R$ 750 milhões para novos projetos nesta semana, a empresa Solfácil espera fechar o ano com um crescimento de 43%. Fundada em 2018 como uma fintech de crédito, a companhia se transformou em um ecossistema completo de energia solar, oferecendo desde financiamento até distribuição de equipamentos e monitoramento de projetos. Com mais de R$ 3,4 bilhões em financiamentos e R$ 1 bilhão em vendas de equipamentos solares, a empresa registra uma potência instalada de 1 GW e está presente em mais de 3.900 municípios. Em entrevista ao Petronotícias, o CEO e fundador da companhia, Fabio Carrara, avalia o atual momento do mercado solar, apontando que as principais tendências para o setor incluem sistemas de armazenamento de energia, carregadores para veículos elétricos e a queda dos preços das tecnologias solares. A Solfácil também se adaptou às novas legislações do setor, implementando medidores inteligentes e atualizando seus inversores fotovoltaicos com proteção contra arco elétrico. Para os próximos anos, a empresa pretende investir em novas tecnologias, aprimorar seu e-commerce e expandir suas soluções financeiras.

A Solfácil foi fundada em 2018 como uma fintech de crédito. Pode nos contar mais sobre a transição e expansão para se tornar um ecossistema completo de energia solar? Qual foi a motivação por trás desse movimento?

SOLAR CASASA Solfácil registrou um crescimento exponencial ao expandir o modelo de negócios como um ecossistema de energia solar. Agora, além do financiamento, também oferecemos serviços de distribuição de equipamentos fotovoltaicos, sistema proprietário de monitoramento de projetos de energia solar – o Ampera, seguros e programa de benefícios para os parceiros integradores.  

Temos investido fortemente para facilitar a jornada do integrador. Em fevereiro de 2023, anunciamos a compra da Solar Inove, que nos posicionou como distribuidores. Em maio do ano passado, anunciamos a inauguração de um centro de distribuição em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, e em junho deste ano abrimos a nova filial de distribuição, Jundiaí, São Paulo, com um investimento de R$ 200 milhões.  

Nossa transição para um ecossistema integrado visa facilitar a operação dos integradores solares, permitindo que realizem todas as suas atividades em um único local. Cada passo que damos nesse ecossistema é projetado para simplificar a jornada dos integradores no mercado de energia solar.  Nosso objetivo principal continua sendo ampliar o acesso à energia solar para projetos da geração distribuída,  principalmente de  pequeno e médio porte, contribuindo para a independência energética.

Estamos comprometidos em oferecer soluções que não apenas atendam às necessidades presentes, mas também impulsionem o crescimento sustentável e a inovação contínua no setor.

Pode nos apresentar alguns dados atualizados de negócios já fechados pela empresa desde o movimento de diversificação da atuação?

Desde o movimento de diversificação da atuação, registramos mais de R$ 3,4 bilhões em financiamentos concedidos e mais de R$ 1 bilhão em vendas de equipamentos solares. Além disso, atingimos uma potência instalada de 1 GW e estamos presentes em mais de 3.900 municípios. Em março, captamos R$ 600 milhões em uma operação de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) Verde para o financiamento de projetos solares. Nesta semana, a empresa anunciou a captação de R$ 750 milhões de CRI para financiar 22 mil projetos de energia solar em todo o país – é a maior já registrada no segmento de energia solar distribuída. Já facilitamos a instalação de sistemas solares para mais de 145 mil clientes finais e temos mais de 20 mil parceiros integradores cadastrados em nossa base. Somos investidos pelos principais fundos, como QED Investors, SoftBank Group, Valor Capital e IFC.

Como estão as perspectivas de crescimento da companhia?

solfacil-kits-produtos-fotovoltaicos-intersolar-678x381Projetamos crescer 43% este ano, além de lançar novos produtos financeiros para nossa fintech e realizar ações para otimizar a experiência dos nossos parceiros integradores. 

Ao seu ver, quais serão as principais tendências no mercado de energia solar nos próximos anos?

Podemos esperar um aumento relevante na adoção de sistemas de armazenamento de energia, integração de tecnologias de carregamento para veículos elétricos, e a contínua queda nos preços das tecnologias solares e de baterias.

Os sistemas de baterias devem ganhar mais espaço neste cenário, com uma queda de 50% no preço das baterias no último ano e a viabilidade econômica desses equipamentos, agora custando cerca de R$0,3 por kWh. Nos próximos cinco ou seis anos, a capacidade de produção da China deve superar a demanda mundial, tornando as baterias cada vez mais viáveis.

A queda nos preços dos painéis solares, apesar do aumento dos custos logísticos, abre espaço para a venda cruzada de produtos como carregadores para veículos elétricos (VEs). Atualmente, 10% dos veículos vendidos no Brasil já são elétricos, e essa porcentagem tende a aumentar, impulsionando ainda mais a demanda por energia solar e sistemas de armazenamento de energia.

Por fim, os financiamentos têm facilitado o acesso à energia solar para um público maior de pessoas. Com financiamento, os consumidores podem trocar o valor das suas contas de luz para uma energia mais sustentável que garante uma economia de até 90% na conta de luz.

Como as recentes mudanças na legislação impactaram o setor de energia solar e como a Solfácil se adaptou a essas mudanças?

Linhas de transmissãoRecentemente, enfrentamos diversas mudanças legislativas que impactaram nosso mercado, como a alegação de inversão de fluxo de potência. Para superar esse desafio, implementamos medidores inteligentes que permitem ao sistema fotovoltaico operar em modo “grid zero”. Isso não só atende às demandas da concessionária, mas também proporciona maior autonomia aos consumidores, otimizando o aproveitamento do sistema.

Outra mudança significativa no setor é a nova regulamentação do Inmetro, que aborda o risco iminente de incêndios em sistemas fotovoltaicos. A partir de dezembro de 2024, será obrigatória a inclusão de AFCI (proteção contra arco elétrico) nos inversores fotovoltaicos. Para nos antecipar a essa demanda, atualizamos grande parte de seu estoque, incorporando essa nova tecnologia aos inversores.

Com essas iniciativas, reforçamos nosso compromisso em oferecer soluções avançadas e seguras, sempre alinhadas às regulamentações vigentes e às necessidades de nossos parceiros integradores.

Por fim, quais são as principais metas da Solfácil nos próximos anos?

Vamos continuar investindo fortemente em fornecer as melhores soluções para o mercado fotovoltaico, com foco nas necessidades dos nossos integradores. Nossas metas incluem: investir em novas tecnologias para aprimorar a eficiência e a sustentabilidade dos nossos produtos como novas atualizações na nossa solução proprietária que monitora os sistemas de energia solar, o Ampera; otimizar nosso e-commerce para proporcionar uma experiência de compra ainda melhor para nossos integradores; e expandir alguns recursos de financiamento, facilitando o acesso às nossas soluções para um número maior de consumidores. 

Deixe seu comentário

avatar
  Subscribe  
Notify of