APÓS DIA DE CAOS, PREÇO DO BARRIL DE PETRÓLEO ESBOÇA REAÇÃO
Depois da tempestade, um pouco de bonança. Após uma segunda-feira caótica para o setor global de óleo e gás, com uma queda de mais de 20% no preço do barril, o mercado começa a esboçar uma reação. Até o fechamento desta reportagem, o petróleo WTI estava sendo negociado a US$ 33,70, alta de 8,26% na comparação com o dia anterior. Já o barril Brent subia cerca de 9%, valendo por volta de US$ 37,40.
A recuperação traz um pouco de alívio para o mercado, mas ainda está longe de reparar todos os danos financeiros registrados ontem. Após o início de uma guerra de preços entre Rússia e a Arábia Saudita, o barril de Brent caiu 24,13% e fechou a segunda-feira valendo US$ 34,36. O barril WTI desvalorizou 24,6% e ficou cotado a US$ 31,13. Estes foram os valores mais baixos registrados desde o início do ano de 2016.
Enquanto isso, o mercado financeiro também vai reparando os danos sofridos na véspera. No Brasil, o índice Ibovespa começou o dia com alta de 4,5% logo nos primeiros minutos de abertura do pregão. Do outro lado do Atlântico, na Europa, as bolsas também registraram alta. O índice FTSE 100 de Londres apontava valorização de 2,6%. O DAX 30 de Frankfurt subia 2,4%. Enquanto isso, o CAC 40 de Paris apresentava alta de 2,9%.
A recuperação financeira é motivo de suspiro, mas a guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia, que desencadeou a crise, ainda parece longe de acabar. O CEO da estatal Saudi Aramco, Amin Nasser, afirmou hoje que a empresa aumentará sua oferta para 12,3 milhões de barris por dia, em abril, para clientes de dentro e fora do país. Do lado russo, o ministro de Energia Alexander Novak respondeu que os campos da nação também podem aumentar sua produção em até 300 mil barris por dia no curto prazo.
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