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APÓS LAVA-JATO, NÚMERO DE EMPRESAS PENALIZADAS POR IMPROBIDADE DÁ UM SALTO NO BRASIL

Antonio Carlos Vasconcellos NobregaOs desdobramentos da Lava Jato e dos esforços de combate à corrupção em geral fizeram o número de empresas penalizadas por alguma improbidade dar um salto no Brasil nos últimos anos, atingindo a marca de 8 mil casos em 2016, de acordo com o corregedor-geral da União, Antônio Nóbrega (foto).

Ele destaca que em 2011 este número estava na casa de 3,8 mil empresas penalizadas, mas que a Lei Anticorrupção, ativa desde janeiro de 2014, tem ajudado a Controladoria Geral da União (CGU) a conseguir resultados expressivos no combate às práticas ilícitas.

“A corrupção é um mal que está sendo combatido. E o nosso objetivo na CGU é fortalecer as relações entre o poder público e privado de maneira transparente, trazendo ganhos para toda a sociedade”, afirmou, durante debate no Fórum de Compliance, evento paralelo à Rio Oil & Gas.

O corregedor lembrou que o prejuízo causado pela corrupção no Brasil chega a R$ 80 bilhões por ano e representa pouco mais de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), destacando que boa parte dos avanços conquistados no combate à corrupção se deu após a deflagração da Operação Lava-Jato, pois ela chamou atenção das empresas para questões de compliance.

O presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Jorge Camargo, afirmou que antes da Lava-Jato o Brasil estava distante das boas práticas de controle e segurança, mas que isso mudou.

“Apesar da crise que enfrentamos, o que vejo hoje é um ambiente e um mercado muito mais forte. As empresas colocaram as questões de compliance em suas agendas e passaram a se preocupar mais com seus processos”, disse.

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