APÓS NOVOS BOMBARDEIOS, AGÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIA ATÔMICA MOSTRA PREOCUPAÇÃO COM A USINA DE ZAPORIZHZHIA
O mundo em um verdadeiro barata-voa. A usina nuclear de Zaporizhzhya, na Ucrânia, perdeu novamente o fornecimento de eletricidade externa após bombardeios russos realizados ontem (2). Duas linhas de transmissão que abastecem a planta foram danificadas. Agora, a usina está sendo alimentada por energia de reserva produzida em seus geradores a diesel de emergência. A linha principal de 750 kV foi desconectada após o bombardeio, por volta das 22h de ontem (2). A linha secundária de 330 kV foi desligada cerca de duas horas depois. O diretor da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Grossi, mostrou preocupação com os desdobramentos na região.
“Este é um desenvolvimento extremamente preocupante que demonstra novamente a situação frágil e vulnerável da usina. Apesar dos melhores esforços da equipe corajosa da usina para estabilizar a situação de energia externa nas últimas semanas, a planta de Zaporizhzhya perdeu novamente todo o acesso à eletricidade externa. Por enquanto, ela recebe a energia de que precisa dos geradores a diesel no local. Mas esta claramente não é uma maneira sustentável de operar uma grande instalação nuclear. São necessárias medidas para evitar um acidente nuclear no local. O estabelecimento de uma zona de segurança e proteção nuclear é urgentemente necessário”, disse o diretor.
A equipe operacional ucraniana sênior informou aos especialistas da AIEA que havia indicações de que as linhas de energia sofreram danos físicos em dois locais diferentes, a cerca de 50 a 60 quilômetros da própria usina, em território controlado pela Ucrânia. Estão em andamento trabalhos de reparo em um dos locais onde a linha de 330 kV foi danificada.
De acordo com a agência, a usina tem combustível para cerca de 15 dias de operação do gerador a diesel, citando informações do operador nuclear nacional da Ucrânia, a Energoatom. Atualmente, nove dos 20 geradores a diesel da usina estão operando para fornecer a energia que a usina precisa para o resfriamento do reator e outras funções essenciais de segurança e proteção nuclear. Após a perda de energia externa, os dois reatores que estavam em modo de desligamento a quente para fornecer vapor às operações da planta estão sendo transferidos para desligamento a frio. Os outros quatro reatores já estavam em desligamento a frio.
Deixe seu comentário