APROVAÇÃO DO PARECER DO IMPEACHMENT TRAZ NOVAS INCERTEZAS AO FUTURO DA PETROBRÁS

O resultado da votação na comissão do Impeachment é mais um alarme soado dentro da Petrobrás, que deve sofrer mudanças novamente, caso seja efetivada pelo Congresso a decisão de afastar do cargo a presidente Dilma Rousseff. Se os 342 votos exigidos para derrubá-la forem contabilizados na Câmara, como vêm apontando os analistas políticos, e o Senado ratificar o impeachment, o comando da Petrobrás também sofrerá alterações, com novas indicações e a muito provável saída do atual mandatário, Aldemir Bendine.

Por enquanto, o que segue no baile político é a asfixia do governo, atolado nos maus resultados trazidos pela crise econômica e política, que acabaram por somar 38 votos na comissão do impeachment em favor do seguimento do processo, ante 27 contra, um resultado pior do que esperava o Palácio do Planalto.

Com isso, o relatório aprovado, de autoria do deputado Jovair Arantes, do PTB, será lido nesta terça (12) na Câmara, para dar continuidade aos trâmites do processo, que deve ter início da votação no plenário a partir de sexta-feira (15), com previsão de término apenas no domingo (17).

Os jardins do Congresso já estão sendo divididos com grades, para separar os defensores do impeachment dos defensores do governo, num momento em que o país vive dias de ânimos muito acirrados, com acusações e provocações pipocando de todos os lados frequentemente.

Enquanto isso, a Petrobrás segue num momento de impasse, com uma série de investimentos paralisados, altíssimo grau de endividamento, poucos projetos em andamento e muita expectativa do mercado, que vive uma das maiores crises de toda sua história. Empresários e executivos estão à espera do que vai acontecer, enquanto quase ninguém arrisca novos movimentos, novas aplicações de risco ou aportes no mercado nacional, buscando parcerias no exterior e ansiando para que a crise política do País seja debelada de alguma forma, para que o setor possa ser reanimado e retome as atividades normalmente.