ARÁBIA SAUDITA ESTUDA ABERTURA DE CAPITAL DA SAUDI ARAMCO

A crise do setor de óleo e gás mundial afeta todas as empresas envolvidas com esta indústria e os danos já chegam até a maior produtora de petróleo do mundo, a Saudi Aramco. A companhia poderá abrir seu capital em uma oferta pública, conforme disse o príncipe da monarquia Muhammad bin Salman (foto), à “The Economist”.

A estatal conta com 261 bilhões de barris de reservas, dez vezes mais que as reservas da ExxonMobil, a maior empresa privada de petróleo do mundo. O custo estimado da companhia chega a trilhões de dólares, de acordo com a publicação.

O barril negociado a menos de US$ 40 – na última quinta-feira (8), o petróleo alcançou sua menor cotação dos últimos doze anos, vendido a US$ 33 – está afetando o país, que voltou a emitir títulos de dívida soberana, fato que não era registrado desde 2007. O objetivo é cobrir o déficit orçamentário causado pela queda do barril, mesmo com o país contando com mais de US$ 600 bilhões em reservas internacionais.

Ainda não foram definidos quais ativos serão negociados, de acordo com a revista, com opções desde petroquímicas e outras da área de downstream até ações da matriz. O mercado, por sua vez, vê com bons olhos as opções de upstream e as primeiras conversas com investidores já estão sendo realizadas.