ARÁBIA SAUDITA VAI DIMINUIR SUA PRODUÇÃO A PARTIR DE MARÇO E PRESSIONA A OPEP A FAZER O MESMO
A OPEP deveria deixar o mercado de petróleo um pouco desabastecido em vez de concluir um acordo sobre corte de produção. Essa é a posição é a do Ministro Saudita de Energia, Khalid al-Falih. Os preços do petróleo caíram quase 15 % nas últimas três semanas, juntamente com um declínio mais amplo no mercado de ações, devido aos temores sobre a inflação global e o aumento da produção de petróleo nos Estados Unidos. O declínio ocorre em um momento ruim para a Arábia Saudita, que precisa de preços de petróleo altos e estáveis para levar adiante a oferta pública de ações (IPO) da gigante Saudi Aramco, a qual tem potencial para ser a maior listagem de ações do mundo.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo, da qual a Arábia Saudita é líder de fato, concordou em prolongar os cortes de oferta de petróleo com a Rússia e outros produtores até o final de 2018. Moscou, no entanto, sinalizou que uma saída gradual pode ser necessária a partir do segundo semestre deste ano. Falih disse que a Opep e seus aliados teriam de considerar nos próximos meses como ajustar as metas, incluindo a forma de medir a média de cinco anos dos estoques de petróleo.
A Arábia Saudita promete conter exportações de petróleo a partir de março. Ela é o maior exportador mundial de petróleo bruto e estimou sua produção em março será 100 mil barris por dia (bpd) menor que a de fevereiro. Em comunicado, a petrolífera estatal saudita Saudi Aramco também informou que irá manter suas exportações abaixo de 7 milhões de bpd no próximo mês. “A Arábia Saudita continua focada em reduzir o excesso de estoques de petróleo”. A volatilidade do mercado é uma preocupação em comum entre produtores e consumidores, e a a Arábia Saudita está comprometida a trabalhar em conjunto com outros produtores para estabilizar os mercados globais. Desde o ano passado, a Arábia Saudita vem liderando esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de 10 outros países que não pertencem ao grupo para reduzir sua produção combinada, de forma a sustentar os preços da commodity.
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