ÁREA DE COMUNICAÇÃO DA PETROBRÁS ENTRA NA MIRA DA OPERAÇÃO LAVA JATO
Os desdobramentos da Operação Lava Jato vão ganhar novos contornos com a decisão dos procuradores de apurar todos os contratos da área de Comunicação da Petrobrás. Serão focos prioritários da força-tarefa. Há a suspeita de desvios milionários. Um inquérito aberto no fim de 2014 para a área de comunicação da estatal servirá para centralizar as apurações.Os investigadores buscarão novos envolvidos, além do ex-deputado André Vargas e vão reunir elementos já levantados de sobrepreço e pagamentos sem contratos, via Diretoria de Abastecimento. O Procurador da República Carlos Fernando Lima ( foto) confirmou a investigação:
“Existe uma investigação aberta e é preciso olhar melhor essa área de Comunicação, em especial, na Diretoria de Abastecimento”
A força-tarefa da Lava Jato vai se debruçar na atuação do ex-gerente executivo de Comunicação Institucional da Petrobrás Wilson Santarosa, que deixou o cargo no mês passado. Desde 2003 ele comandou a atuação dos investimentos em comunicação da estatal. Era ele o responsável por patrocínios, contratos de publicidade, atendimento à imprensa e planejamento institucional da marca. No ano passado, o orçamento da área foi de cerca de R$ 1,2 bilhão. Santarosa era apadrinhado político do ex-ministro José Dirceu e amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas ainda não é alvo formal de inquérito da operação. Apesar disso ele foi citado em depoimentos colhidos pela força-tarefa. O ex-gerente também foi alvo de outras investigações, como a CPI da Petrobrás aberta em 2009.
A Comunicação da Petrobrás já foi citada como foco de desvios pela ex-gerente executiva de Abastecimento Venina Vellosa da Fonseca. Ela apontou irregularidades que, em 2008, teriam provocado prejuízo de R$ 133 milhões só na Comunicação da Diretoria de Abastecimento. Na ocasião, o responsável pela área era o ex-gerente Geovane de Moraes.
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