ÁREAS TERRESTRES DA 15ª RODADA NÃO RECEBERAM LANCES
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
Já com a sessão bastante esvaziada, a segunda parte da 15ª Rodada de Licitações da ANP, que ofertou blocos terrestres nas bacias de Parnaíba e Paraná, terminou sem nenhum lance. Ao todo, quatro empresas estavam inscritas para concorrer: Cobra Brasil, Parnaíba Gás Natural, Petrobrás e Rosneft Brasil.
O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Décio Oddone, afirma que a falta de interesse pelas áreas se deve também ao desinvestimentos da Petrobrás na área onshore. “As empresas estão divididas entre o risco exploratórios dos blocos ofertados pela a ANP e os desinvestimentos feitos pela Petrobrás. O resultado desta tarde é reflexo disso”.
A Bacia do Parnaíba é classificada como de Nova Fronteira. Na 15ª Rodada de Licitações da ANP, foram ofertados oito blocos terrestres na região. Em janeiro de 2018, a áreas produziu mais de 6 milhões de m³ por dia de gás natural. É a segunda maior produtora terrestre de gás natural no Brasil, produzindo nos campos de Gavião Real, Gavião Branco, Gavião Vermelho, Gavião Caboclo e Gavião Azul, que frequentemente figuram entre os maiores produtores do país.
Além disso, foram ofertados 13 blocos terrestres na Bacia do Paraná, que é classificada como de nova fronteira, ou seja, possui áreas geologicamente pouco conhecidas e barreiras tecnológicas ou do conhecimento a serem vencidas. Ainda não há produção de petróleo e gás natural nessa bacia.
Além das oportunidades de investimentos nos ativos que a Petrobras está vendendo, acredito que as operadoras com interesse na parte terrestre, também aguardam o início da nova modalidade de OFERTA PERMANENTE, onde poderão exercer suas estratégias exploratórias em um ambiente mais amigável e no próprio tempo do planejamento financeiro de cada empresa.