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ARGENTINA E PERU FORTALECEM LAÇOS NO SETOR DE ENERGIA NUCLEAR

Argentina_Peru_tarjaRepresentantes da Argentina e do Peru assinaram um acordo para estabelecer novas áreas de colaboração, com o objetivo de aprofundar os laços históricos entre os dois países no campo da energia nuclear para fins pacíficos. Germán Guido Lavalle, presidente da Comissão Nacional de Energia Atômica (CNEA) da Argentina, declarou: “A Argentina mantém uma relação longa e profunda com o Peru, que também se estende ao campo nuclear. Um marco importante dessa colaboração foi a construção, por parte do nosso país, do reator de pesquisa RP-10, localizado nos arredores de Lima. Desde então, temos mantido um intercâmbio frutífero, especialmente no desenvolvimento de recursos humanos e na cooperação técnica. O acordo que acabamos de assinar renova e projeta essa relação de cooperação para os desafios dos próximos anos.”

Pelo lado peruano, o acordo foi assinado por Rolando Páucar Jáuregui, do Instituto Peruano de Energia Nuclear (IPEN). O documento estabelece novas áreas de colaboração em projetos de pesquisa científica e tecnológica, além de treinamento, reafirmando “o compromisso da CNEA e do IPEN com o uso da energia nuclear como motor de desenvolvimento em diversos campos, como saúde, agricultura e pesquisa científica”.

A Argentina já exportou dois reatores de pesquisa para o Peru no passado — o RP-0, lançado em 1978 na sede do IPEN, e o RP-10, usado para produção de radioisótopos e pesquisa científica, lançado em 1989.

Atualmente, a Argentina possui três reatores nucleares em operação: Atucha 1 (conectado em 1974), Atucha 2 (em 2014) e Embalse (em 1983). Juntos, eles geram cerca de 5% da eletricidade do país. Havia planos para uma quarta unidade, Atucha III, mas ela parece ter sido superada pelos esforços para desenvolver uma nova geração de reatores modulares pequenos (SMRs).

A Argentina já possui um SMR em desenvolvimento: o CAREM, sigla para Central Argentina de Elementos Modulares, um protótipo de 32 MWe, que representa a primeira unidade nuclear projetada e desenvolvida internamente no país. A primeira concretagem foi realizada em 2014, mas as obras foram suspensas diversas vezes. Atualmente, estima-se que o projeto esteja com cerca de dois terços da construção concluídos. Diante de relatos sobre incertezas no financiamento, foi solicitado um Critical Design Review em maio do ano passado.

A empresa argentina INVAP, por sua vez, construiu diversos reatores de pesquisa para a CNEA e clientes internacionais, incluindo o Peru, e está atualmente finalizando o reator multipropósito RA-10 na Argentina.

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