ARGENTINA LANÇA LICITAÇÃO PARA A CONSTRUÇÃO DO GASODUTO DE VACA MUERTA CONTANDO COM R$ 3,5 BILHÕES DO BNDES
Se num futuro muito próximo o Banco Nacional de Desenvolvimento Social ganhar o “ e Internacional “ em seu nome, ninguém poderá se espantar. Está a caminho o financiamento de mais um projeto no exterior, agora criando empregos na Argentina, em detrimento de obras sociais aqui no Brasil. Nenhuma novidade. Prometido pelo governo brasileiro, vai sair do papel o projeto que levará gás de Xisto da bacia de Vaca Muerta, no extremo sul da Argentina, para sete províncias do país. O governo da Argentina já apresentou o edital de licitação para a construção do Gasoduto Norte, que servirá para escoar a produção de gás na Patagônia. E nãoserá pouco dinheiro. O projeto tem custo estimado em US$ 710 milhões (R$ 3,5 bilhões) e criará 3 mil postos de trabalho diretos e 12 mil indiretos em solo argentino.
Em evento na província central de Córdoba, o ministro da Economia e candidato a presidente, Sergio Massa, apoiado pelo governo de Alberto Fernandes ( FOTO A DIREITA COM lULA) e pelo Presidente Lula, disse que o gasoduto “permitirá reforçar as reservas monetárias, promover o emprego, garantir fornecimento energético e reduzir custos produtivos”. Já a secretária de Energia da Argentina, Flavia Royon(foto principal), que havia anunciado o financiamento do BNDES no final do ano passado, mas negado à época pelo banco, afirmou que a obra reduzirá a dependência do país em relação ao gás da Bolívia. O gasoduto começará na província de Buenos Aires, que já está ligada à bacia de Vaca Muerta, e passará pelas províncias de Córdoba, Tucumán, La Rioja, Catamarca, Santiago del Estero, Salta e Jujuy.
Na semana passada, ambientalistas organizaram uma manifestação para se oporem ao oleoduto Vaca Muerta Sur, embora eleja esteja aprovado e será liderado pela YPF, estatal argentina do petróleo. Os ambientalistas dizem que o gasoduto é “perigoso e teria impactos negativos incalculáveis tanto no clima global como no ecossistema do golfo e as comunidades locais.” Os ambientalistas dize que este projeto, não só deixará a Argentina ainda mais atrasada na transição energética, “como também colocará em perigo inúmeras espécies marinhas que vivem no Mar Argentino e facilitará ainda mais as emissões de gases com efeito de estufa que estão a aquecer o nosso planeta. Além disso, os habitantes da zona do Golfo de San Matías vivem da pesca, uma fonte vital de rendimento, que será ameaçada pelo gasoduto.” As comunidades locais também manifestaram a sua oposição ao projeto e organizam uma petição para enviar ao congresso, mas o governo argentino diz nem tomar conhecimento. Para ele, a obra tornará a “Argentina independente do gás boliviano.”
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