AS BOAS PERSPECTIVAS PARA O PRÓXIMO ANO ANIMAM TODOS OS SETORES DO PROGRAMA NUCLEAR BRASILEIRO
A participação da ABDAN – Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares, foi bem marcante este ano. Bastante ativa, com conversas em Brasília, com órgãos reguladores internacionais, e junto as entidades que regulam o mercado de energia no Brasil, com objetivo de auxiliar o desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro e também na busca pelo destravamento das questões que estavam impedindo a retomada das obras de Angra 3. Um trabalho reconhecido por seus associados e até pela Marinha do Brasil, líder nos avanços tecnológicos nucleares no país, que conferiu ao seu Presidente, Celso Cunha, a Medalha Almirante Tamandaré. Por isso, o Petronotícias foi ouvi-lo sobre as perspectivas para 2009, dentro do projeto que tradicionalmente fazemos todos os anos.
– Como analisa os acontecimentos de 2018 em seu setor?
– Foi um ano bastante agitado. Tivemos muitas viagens internacionais, participando de eventos em vários países, mostrando que o Brasil está comprometido com o nosso programa geração nuclear pacífica e que ele está pronto para ajudar o país a cumprir as metas acordadas no acordo de Paris, gerando energia firme e limpa. Também foi um ano importante porque conseguimos, com o esforço de muita gente a mostrar que as tarifas estabelecidas para a energia a ser gerada pro Angra 3 precisa estar par e passo com as tarifas internacionais de geração nuclear e que um pequeno reajuste seria suficiente para atrair o capital privado para nos auxiliar a concluir Angra 3. Tivemos também o prazer e o privilégio de organizar o evento da WNU, na Escola de Guerra Naval, no Rio de Janeiro, com a importante participação dos jovens, com apoio dos nossos associados. Enfim, foi um ano que apesar de muitas dificuldades, tivemos vitórias importantes. Vitórias que florescerão agora em 2019, com a retomada das obras de Angra 3.
– Quais seriam as soluções para os problemas que o país atravessa?
– Olha, essa parte eu vou pular, porque acreditamos que para o setor nuclear, o Presidente eleito, Jair Bolsonaro, fez uma grande escolha. Optar pelo Almirante Bento Costa para ser o Ministro de Minas e Energia, foi um grande acerto. É uma pessoa séria, comprometida, conhecedora das atividades nucleares do país, um desenvolvimentista que certamente irá dar grandes contribuições ao Brasil. E não apenas na parte nuclear, mas no sistema de distribuição de energia, no setor de petróleo e gás.
– O que espera do Governo Bolsonaro? Está pessimista ou Otimista?
– Com todas essas condições, temos que estar otimistas. Principalmente no setor nuclear, onde há muito a ser desenvolvido. Seja na geração de energia, com a ampliação do programa de geração, partindo para outras usinas. Podemos pensa em levar os pequenos reatores para áreas distantes dos centros urbanos, onde as linhas de distribuição não chegam ou mesmo usar o recurso que das usinas flutuantes para a população ribeirinha da Amazônia. No campo dos combustíveis, há muito a ser desenvolvido. O Brasil pode ser exportador de combustível nuclear, com a INB. A Nuclep e seu imenso parque fabril, onde estão sendo desenvolvidos vários projetos.
Há muitas possibilidades. O Brasil é muito carente em toda sua infraestrutura. E podemos ajudar a desenvolver tudo isso. Temos tudo para crescer, se as oportunidades forem aproveitadas de maneiras séria e racional. É o que todos esperam. É oque o Brasil está ansioso que aconteça. Aproveito aqui para desejar a todos os leitores do Petronotícias os nossos votos de Boas Festas e Feliz 2019.
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