ASSOCIAÇÃO ALEMÃ DE TECNOLOGIA NUCLEAR QUER A VOLTA DAS USINAS NO PAÍS

A associação alemã de tecnologia nuclear Kerntechnik Deutschland eV diz que reiniciar as usinas nucleares do país “oferece uma alternativa segura, economicamente viável e favorável ao clima para a atual política energética“. Ela diz que até seis reatores desligados poderiam tecnicamente retomar a operação. Em agosto de 2011, a 13ª emenda da Lei de Energia Nuclear entrou em vigor, o que destacou a vontade política de eliminar gradualmente a energia nuclear de fissão na Alemanha. Como resultado, oito unidades foram fechadas imediatamente: Biblis A e B, Brunsbüttel, Isar 1, Krümmel, Neckarwestheim 1, Phillipsburg 1 e Unterweser. As usinas Brokdorf, Grohnde e Gundremmingen C foram fechadas permanentemente no final de dezembro de 2021. As três unidades finais do país – Emsland, Isar 2 e Neckarwestheim 2 – foram fechadas em abril de 2023. Todas as unidades estão agora em vários estágios de descomissionamento.

A expansão da energia renovável, que deveria compensar o fechamento dos reatores, variou muito entre os estados federais individuais, com a expansão da energia eólica progredindo particularmente muito lentamente na Baviera. A expansão das capacidades das linhas de energia e da rede de transmissão no sul da Alemanha também não progrediu tão rapidamente quanto o planejado. Atender à demanda de eletricidade alemã, portanto, exigiu fontes de energia fóssil ou importações (principalmente de energia nuclear francesa).

A associação diz que “Nossos custos de eletricidade não são mais competitivos em uma comparação internacional e estão ameaçando a existência de nossa economia. Não é mais economicamente viável financiar e implementar uma infraestrutura (rede, armazenamento e backup) que seja amplamente baseada em energias renováveis. Se a proporção de fontes de energia voláteis na matriz energética alemã continuar a aumentar, a necessidade de importações de eletricidade ou eletricidade fóssil autogerada se intensificará. Este é um círculo vicioso que levará a dependências desastrosas.”

Para a associação a operação contínua de usinas elétricas a carvão levou a emissões de CO2 significativamente maiores do que o planejado, e o cronograma para a eliminação gradual do carvão não é realista nas atuais condições. “O recomissionamento de usinas nucleares na Alemanha é essa solução pragmática, econômica e socialmente sensata. Até seis usinas nucleares desativadas poderiam ser reativadas em apenas alguns anos – sem comprometer a segurança nuclear. Dependendo do status de desmantelamento, usinas nucleares individuais podem ser colocadas novamente em operação em um futuro próximo.” O recomissionamento dessas usinas é baseado nas estruturas de usinas elétricas existentes,  permitindo a rápida disponibilidade  dentro de 3-5 anos.

Os membros da KernD incluem organizações de todos os setores e campos de aplicação da tecnologia nuclear: fabricantes, fornecedores, provedores de serviços, universidades e institutos de pesquisa e associações comerciais. Seus membros incluem Framatome, GNS, Nukem Technologies, Orano, Urenco e Westinghouse: “Já é hora de tomar a decisão certa agora para uma política energética estável e sustentável. Porque a desindustrialização, os preços excessivamente altos da eletricidade, a dependência de importações de eletricidade e a situação incerta de fornecimento devem acabar agora. A KernD está oferecendo ao novo governo federal a oportunidade de tomar o futuro em suas próprias mãos e parar a desindustrialização da Alemanha. As empresas associadas da KernD estão à disposição com experiência e energia para ajudar.”