ASSOCIAÇÃO DE ENGENHEIROS DA PETROBRÁS CRITICA VENDA DE ATIVOS DA COMPANHIA E DENUNCIA DESMANTELAMENTO DO CENPES
“A venda de ativos operacionais, muitos deles altamente lucrativos, prevê acumular 19,5 bilhões de dólares no biênio 2017/18. Resultaria numa redução antecipada da dívida, com a alavancagem – relação dívida líquida/geração de caixa após dividendos – caindo de 4,5 para 2,5 até 2018. A meta de redução da alavancagem e seu prazo são arbitrários, embora possam ser apresentadas de forma dogmática. Trata-se de uma decisão de natureza política e empresarial que é frequentemente elevada à condição de verdade científica ou algo similar a uma revelação divina.”
Na alternativa proposta a partir de parâmetros públicos da Petrobrás, a associação afirma que, sem vender um único ativo, a alavancagem poderia cair de 4,5 para 3,1 em 2018. A amortização anual da dívida, com recursos de parte da geração de caixa, resultaria na redução da alavancagem para 2,5 em meados de 2021. O estudo, afirmam os engenheiros, é conservador na medida em que não contabiliza a geração de caixa adicional pela preservação dos ativos rentáveis que se pretende vender até 2018, graças à receita operacional, proporcional ao porte de uma empresa que é a maior do Brasil e da América Latina. Apenas usando parte da geração de caixa, diz o estudo, a companhia pode ir amortizando sua dívida e trazê-la para um nível razoável, sem afetar a distribuição de dividendos e os investimentos previstos. A venda de ativos produz exatamente o oposto, no médio prazo. Reduziria a capacidade futura de geração de caixa da empresa, porque os ativos já privatizados eram significativamente lucrativos.
No documento enviado à Petrobrás, a Aepet traz a informação de que a gestão Dilma-Bendine apresentou um Plano de Negócios similar ao atual. Previa vendas de ativos da ordem de 57 bilhões de dólares até 2020, cerca de um terço do patrimônio da Petrobrás. A atual gestão Temer-Parente planeja privatizar 34,6 bilhões de dólares até 2021, sendo 15,1 bi até 2016 e 19,5 bi até 2018.
No documento entregue ao Presidente Pedro Parente, a Aepet denuncia o que chama de desintegração do Cenpes, o Centro de Pesquisas da Petrobrás:
“O Cenpes é fundamental para os avanços tecnológicos da companhia, responsável por resultados reconhecidos internacionalmente. Na recente reestruturação da Petrobrás, o Cenpes foi desmembrado, com o fim do reconhecido modelo de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia básica (PD&E) que vigorava há 40 anos. O modelo articulava a relação entre a pesquisa nas universidades, a experiência operacional da companhia e os fornecedores de bens e serviços. A Engenharia Básica do Cenpes foi extinta e seus profissionais transferidos à área de projeto e empreendimento.”
O Petronotícias procurou ouvir a Petrobrás, mas a empresa disse, através de sua assessoria de imprensa, que não iria comentar o assunto. Não confirmou, nem negou.
Quando acabaram com a Petrobras onde estava a AEPET?
A Aepet sempre contribuiu, durante a sua existência, indicando soluções para problemas estruturais da Petrobras e, mais uma vez, ao invés de fazer a crítica pela crítica, indica soluções sempre olvidadas para gestão Pedro Parente e séquito. Grandes gestores (sic., sic., sic.). Como todos sabem a Aepet representa fielmente a posição do corpo técnico da Petrobras e foi quem primeiro denunciou a ação nefasta de técnicos como, Ceveró, Zelada, Barusco, Paulo Costa etc., estes canalhas comandados por partidos políticos liderados por Cunha, Temer, Jucá, Renan, Padilha, Dirceu, etc. ,que ainda governam o País Brasil que nunca sai da crise de… Read more »
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