ASSOCIAÇÃO DE ENGENHEIROS DA PETROBRÁS FAZEM MANIFESTO CONTRA A PALESTRA DE SERGIO MORO NA SEDE DA EMPRESA | Petronotícias




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ASSOCIAÇÃO DE ENGENHEIROS DA PETROBRÁS FAZEM MANIFESTO CONTRA A PALESTRA DE SERGIO MORO NA SEDE DA EMPRESA

asasaOs juízes federais Sérgio Moro e Marcelo Bretas  e a secretária de Transparência e Prevenção da Corrupção do Ministério de Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, Cláudia Taya, vão a sede da Petrobrás no Rio de Janeiro para participarem de um evento que marcará o Dia Internacional de Combate à Corrupção.  Eles serão os palestrantes convidados do 4º evento Petrobrás em Compliance. O presidente da empresa, Pedro Parente, e membros da alta administração da companhia, também estarão presentes  Na ocasião, serão apresentadas ações de conformidade adotadas pela estatal.

Mas, segundo a Associação de Engenheiros da Petrobrás, o Juiz Sérgio Moro não será  benvindo na empresa. Não há informações se haverá manifestações, mas a associação publicou um  manifesto assinado por funcionários da ativa e aposentados da companhia, que repudiam a presença do juiz responsável pela Operação lava Jato, em Curitiba. O Petronotícias publica este manifesto na íntegra:

“ A Petrobrás está convidando os empregados para o evento “Petrobrás em Compliance” a ser realizado no dia 08/12, no qual o juiz federal de primeira instância, Sérgio Moro, responsável por julgamentos da operação Lava-Jato, irá realizar palestra em virtude do Dia Internacional de Combate à Corrupção. O fato de ser figura polêmica conduzindo uma operação questionável em seus objetivos declarados já configuraria um bom motivo para que a direção da empresa não o convidasse. Porém, uma vez que os trabalhadores não foram consultados quanto ao destaque conferido ao juiz nas dependências da empresa, este manifesto de repúdio visa evidenciar que ele não conta com aprovação plena de toda Petrobrás.

A Operação Lava-Jato se assemelha mais a uma série de TV, atuando em “parceria” com a mídia monopolista e empresarial e alçando ao estrelato juízes e procuradores que deveriam agir de modo independente e discreto, sem pronunciamentos e ações espetaculosas conforme exige a profissão, opostamente ao que temos assistido. Construiu-se no imaginário da população a ideia de que a corrupção deve ser combatida a qualquer custo, inclusive à revelia das leis, e a atrelaram a uma determinada categoria de pessoas. Logicamente corrupção é um problema sério, mas na prática seu combate não vem sendo efetivo. Com a justificativa de recuperar o dinheiro roubado dos cofres públicos e punir poderosos, a operação avança gerando um rastro de destruição econômica que não é compensada por seus supostos benefícios.

Esta “parceria” entre judiciário e mídia criou uma narrativa que vem justificando a destruição do país, da própria Petrobrás e entrega das nossas riquezas ao capital estrangeiro. Não estamos afirmando que a Operação Lava-Jato é a única responsável por todos os males que atualmente recaem sobre o Brasil, mas é o principal fator que viabilizou a ascensão ao poder central da quadrilha de Michel Temer, trazendo consigo inúmeros retrocessos ou acelerando aqueles iniciados pelo PT.

O valor monetário recuperado para a sociedade pela Operação Lava-Jato é controverso; reportam-se as cifras de 1 bilhão, 4 bilhões e até 10 bilhões, as quais seriam provenientes de pagamento de multas, acordos de leniência, delações premiadas e bens bloqueados. Já a Petrobrás recebeu de volta 716 milhões de reais; parecem valores altos, mas, ainda em 2015, foi realizado um estudo estimando um impacto de R$ 140 bilhões no PIB brasileiro, representando uma perda de cerca de 2,5%, como um “custo” da Lava Jato. Para se ter ideia, em 2014 quando esta Operação teve início, o PIB era de US$ 2,456 trilhões, terminando 2016 em US$ 1,796 trilhões por vários fatores, inclusive pela paralisia trazida pelo pretenso combate a corrupção. Logo, as perdas foram muito mais significativas que os ganhos, gerando um processo de desindustrialização no país com retorno a uma economia voltada ao setor primário.

Segundo o DIEESE, estima-se que a Lava Jato tenha sido responsável pela perda de mais de um milhão de empregos, fragilizando a Petrobrás e as empresas da cadeia produtiva do óleo e gás, num momento de sérias dificuldades para essa indústria no mundo. Além disso, a fragilização das empresas de construção pesada e o ajuste fiscal reduziram o volume e o ritmo de investimentos públicos em infraestrutura; só as obras paralisadas somam R$90 bilhões que foram jogados fora. Portanto, o valor de R$ 38,1 bilhões que a Força-Tarefa espera recuperar no total não chega nem perto do prejuízo causado à indústria, à economia brasileira e à elevação da taxa de desemprego.

A estrela principal da Lava-Jato, o juiz Sérgio Moro, vem sendo rotineiramente criticado por sua atuação e práticas que se sobrepõem às leis constituídas neste país e ao estado democrático de direito. Paradoxalmente, justo no momento em que começam a surgir indícios de corrupção dentro da própria Operação Lava-Jato, com denúncias graves feitas por Tacla Duran de estar ocorrendo “delações a la carte” solicitadas por procuradores, negociadas por amigo próximo do juiz e uso de provas forjadas, pondo em xeque toda a credibilidade da operação, a direção da Petrobrás convida Moro para reforçar o “compromisso com a ética e a integridade, em especial com a prevenção à fraude, à corrupção e à lavagem de dinheiro”. No mínimo, a empresa deveria ter prudência em relação a este convite e considerar a repercussão que o caso está tendo sob o risco da desmoralização do evento e da própria empresa. Porém, a julgar pela recondução do diretor Elek, prudência quanto a condutas duvidosas não tem sido o forte.

A Petrobrás é uma das maiores empresas do mundo, o petróleo do Pré-Sal é a maior riqueza dos brasileiros, mas este patrimônio gigantesco está sendo, mais que nunca, saqueado. Não vamos aplaudir quem contribuiu para a construção da narrativa que vem servindo para respaldar tantos retrocessos em nosso país e o desmonte da Petrobrás. Nós, abaixo assinados, empregados da Petrobrás, repudiamos a presença de Sérgio Moro na empresa que tanto tem contribuído para destruir.

Michelle Daher Vieira (EDISEN),
Carla Alves Marinho (CENPES),
Joana Bessa (CENPES),
Erick Quintella (CENPES),
Rafael Budha (EDISE),
Ana Patrícia Laier (EDIVEN),
Claudio Rodrigues (EDISE),
Roberto Emery (EDISE),
João Sucupira (Aposentado),
Natália Russo (EDISEN),
Jorge Brito (CENPES),
Thiago Luz (EDISE),
Agenor Jacinto Junior (Aposentado – CENPES),
Anselmo da Silva Santos (Aposentado – CENPES),
Jayme de Oliveira Neto (REDUC),
Marcos Antonio Ribeiro Dantas (Aposentado – CENPES),
Michelle Acruche (CENPES),
Robervainer de Figueiredo  (FRONAPE),
Aloísio Euclides Orlando Junior (CENPES),
Danielle de Oliveira Rosas (CENPES),
Dener Fabricio (CENPES),
Denilsom Argollo dos Santos Souza (CNCL),
Eusébio Agapito da Silva (TABG-Ilha Redonda),
Vinicius Waldow (CENPES),
Mauro Teixeira (CENPES),
Áurea (TRANSPETRO),
Gustavo Marun (EDICIN),
Márcio Pinheiro (EDISEN),
Renato Gomes de Mattos Fontes (CENPES),
Coaracy Lopes (Aposentado),
Márcio Ribeiro Fonseca (EDISEN),
André Paulo Becker (REGAP),
Rosane Fernandes (CENPES),
Eduardo Azevedo (CENPES),
Cláudio Jarreta (CENPES),
Rafael Prado (REVAP),
Taiane de Lima Braz (REVAP),
Paulo Miller (CENPES),
Fabiola Mônica (Anistiada),
Kunde (REVAP),
Alexandre Rodrigues (REVAP),
Luiz Mario Nogueira Dias (REDUC),
Sandro Moreira Ferreira (EDISEN),
José Alexandre Barbosa (CENPES),
Tiago Amaro (estaleiro Brasfels),
Felipe Brito (EDISEN),
Marcello Bernardo (REDUC),
Alberto Leal (EDICIN),
Rafael Antony (EDICIN),
Jorge Teixeira (EDIVEN),
Igor Mendes (CENPES),
Gunther Sacic (Aposentado),
Roberto Wagner Marques (Aposentado),
Jamison Gonçalves (EPPIR AL),
Fabíola Calefi (UTE EZR Cubatão),
Luciano Alves (UO-SEAL/ATP-AL/SOP-SG),
Édson Flores (REFAP),
Bastos (REVAP),
Pedro Augusto (RECAP),
Ricardo Landal (REFAP),
Cláudio Negrão (TRANSPETRO),
Glauco Damazio (EDISE),
Edimilson Pinto da Silva (EDISEN),
Ricardo Nagato (EDICIN),
Sandra S X Chiaroy (CENPES)
Mariana Rits (Revap)
Anderson Fonseca (EDISEN)
Tiago Nicolini Lima (UTGCA)
Felipe Machado de Oliveira (EDISP),
Ricardo Latge (Aposentado CENPES),
Maria Adelaide Silva (EDISEN),
Ricardo Faustino (CENPES)
Roberto Rossi (CENPES),
Márcio Medeiros (CENPES),
Marcelo Quinderé (EDICIN),
Andréa Cavalcanti de Azevedo Cachina (UO-RNCE),
Leonardo Lacerda (CENPES),
Ronaldo Tedesco (REDUC),
Wesley Bastos (REVAP),
Glauber Freitas (EDISEN),
Carlos Henrique R. Fernandes (EDICIN),
Christian Queipo (EDISEN),
Tereza Ramos (Aposentada),
Vinicius Sombra (Edise),
Márcio Trindade (Edise),
Ricardo Mattoso (Edise),
Giovanni Bruno (Edise),
Talles Lopes (EDIVEN),
Gustavo Maurilo (REDUC),
Antonio Claudio Soares (Aposentado CENPES),
Christiane Granha (PIDV),
Naustria Albuquerque (EDISE),
Edmundo Luiz R. da Silva (EDISE)
Carlos Prata (Aposentado – EDISE),
João Carlos Martins (EDISE),
Felipe Coutinho (EDISEN)
Silvio Sinedino (Aposentado)

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adoulfo
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adoulfo

tudo petista recalcado. O dinheiro que era por partido voltou para empresa e por isso estão a reclamar.chorem….

Andre
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Andre

Uma vergonha.
Com essa mentalidade, tem que privatizar.

Não a corrupção
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Não a corrupção

Impressionante, quer dizer que o custo é da lava jato e não da corrupção por tras de tudo isso, fato ja mais que delatado e informado em tudo quanto é canto pelos proprios corruptores.
Ou seja, para essas pessoas, valeria mais a pena que tudo continuasse como antes, ou seja, corrupção no nivel MAXIMO.
Parabens a esses que pensam dessa maneira, devem ter aprendido isso em casa e passam esses ensinamentos aos

Luciano Seixas Chagas
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Luciano Seixas Chagas

Ao olharmos os números o posicionamento da AEPET é absolutamente correto e coloco também meu nome acrescentando-o aos dos demais signatários do manifesto, como geólogo aposentado da Petrobras que ajudados a tornar a maior empresa do continente sul-americano. E alguns denominam os assinantes de petistas por desconhecer ou ter preguiça de se aprofundar no tema. Esse é o motivo do silêncio das panelas contra um governo impopular e denunciado por atos absolutamente lesivos ao País. O Juiz Moro, motivo inicial das minhas esperanças, começou a ficar absolutamente pequeno, mínimo mesmo, quando faz interpretações particulares da constituição para amoldá-la às suas… Read more »

Marcos
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Marcos

E no fim das contas quem vai julgar se o julgamento é Justo ou não é só quem apoia o sapo barbudo, né?

Lemoss
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Lemoss

Nem todo mundo que critica vários exageros de algumas figuras que compõem a Lava Jato é filiado ou tem apreço por PT não.
Tão pouco a esses falsos partidos de esquerda, nem aos da covarde elite brasileira. E mais, corrupção tem em toda parte e nas mais renomadas empresas também.

Luciano Seixas Chagas
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Luciano Seixas Chagas

Sábias palavras Lemos. Com argumentos simples e evitando os carimbos convenientes aos que gostam do atual governo ou não gostam do PT, ou ambos. Todos tem que entender que corrupção é corrupção e pronto. E esta praga deve ser banida quando verdadeiramente constatada com os culpados presos. A divisão do País, como hoje ocorre, interessa aos que só pensam em si e não se importam os outros, como vem ocorrendo. Enquanto isso eles, os que hoje mandam, loteiam o País e o povo fica sem emprego e o Brasil à míngua.

Vlad
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Vlad

Que pena estão perdendo a oportunidade de aprender que a lisura faz parte do progresso de uma nação, o Juiz Sergio Moro esta tentando renovar a mentalidade deste povo, mas, estes não tem a capacidade de atentar ao que aconteceu são do tipo que aceitaram a Copa do Mundo, Olímpiada, a infra estrutura mal feita,a expansão da empresa desordenada, pena que a visão destes é apenas o olhar para o próprio umbigo e dane-se os demais companheiros, infelizmente fazem parte da politicagem.

Vlad
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Vlad

Destruir sim, vocês tem toda razão, não a empresa, mas sim o Propinoduto e encanar os quadrilheiros.

Martins
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Martins

Eu que fiquei quase 6 anos numa faculdade pública cursando engenharia e que fiz vários outros cursos para se aperfeiçoar bem mais. Tenho uma boa experiência já mas não consigo arrumar emprego na minha área. E considero que esses caras aí da Lava Jato são muito culpados disso, porque ao invés de ficarem se auto promovendo deveriam punir os dirigentes, executivos e políticos envolvidos na corrupção e não nossas empresas que levaram décadas para se erguerem e terem o mesmo nível das grandes do mercado exterior. Só podem estar operando para agentes externos interessados em acabar com a engenharia nacional.… Read more »

burusera
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burusera

Chega a dar vergonha de ler o tal “manifesto”. Bom era na época das palestras que o apedeuta de Garanhuns jogava nos pobres ouvidos de trabalhadores em canteiros de obras da Petrobras pelo Brasil afora! O pessoal que assinou esta piada deve andar lendo muito midianinja, brasil247 e cartacapital…

deco bamba
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deco bamba

Calma, este pessoal não representa os engenheiros da BR. São um monte de petistas recalcados que perderam privilégios na empresa e agora se alvoram em falar pela classe. A BR tem mais de 20000 engnheiros em um grupelho que não que combate a corrupção vem com esta petição ridícula. Em tempo não gosto do gerenciamento atual dado a empresa que faz privatização branca assim como não gosto da atuação entreguista da ANP. ESte fato não impede de combatermos a corrupção que existiu na empresa modelando=a a um novo sistema de governança incorruptível. A culpa de falta de emprego no pais… Read more »

Marcelo Bueno
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Marcelo Bueno

Muito sensata essa posição do Bamba. Esse assunto tem muitos ângulos de abordagem.
Eu particularmente estou cansado da Lava Jato. Simplesmente esqueceram das Leniencias e causaram um caos em nosso setor de infra estrutura.
Oportunisticamente a Petrobras resolveu privatizar-se à revelia da sociedade e está vendendo tudo o que pode. O que não vende está deixando à míngua (caso das refinarias).
Entre os extremos em debate, seria mágico se houvesse um meio termo com a Justiça atacando a corrupção e ao mesmo tempo livrando as empresas dos corruptos e reabilitando as mesmas para trabalhar.
Que 2018 seja o ano dos acordos de LENIÊNCIA