ASSOCIAÇÃO DE MINORITÁRIOS DA PETROBRÁS REAGE DURO A DECISÃO DO CONSELHO DE CONFIRMAR VENDA DA RLAM | Petronotícias




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ASSOCIAÇÃO DE MINORITÁRIOS DA PETROBRÁS REAGE DURO A DECISÃO DO CONSELHO DE CONFIRMAR VENDA DA RLAM

ccdddA Petrobrás comunicou ao mercado ontem (24) a decisão tomada por seu conselho, autorizando a venda da Refinaria Landulpho Ales, na Bahia, para o Fundo de Investimentos  Mubadala, de Abu Dhabi. O preço de US$ 1,65 bilhão foi considerado por várias instituições financeiras, como o XP e o BTG Pactual, e os próprios petroleiros da companhia, abaixo do que realmente vale. Mas por força do presidente demitido da Companhia, Roberto Castello Branco, o conselho de Administração da empresa, aprovou. Mas não foi uma decisão simples. Hoje (25) a Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários, voltou a botar a boca no trombone. Já recorreu a CVM, CADE e ao TCU. Dessa vez o grito foi tão alto, que chegou aos ouvidos do presidente demitido lá na casa dele, onde continua trabalhando para vender os ativos da companhia. A ANAPETRO, em protesto, divulgou a uma nota, assinada por Mario Dal Zot, Presidente Associação:

 “ A Associação Nacional dos Petroleiros Acionistas Minoritários da Petrobras (ANAPETRO) vem externar o descontentamento dos seus associados com a situação que o país vem passando e com o desmantelamento da Petrobrás promovido pela gestão ideológica-ultraliberal de Roberto Castello Branco à frente da maior empresa pública do país e uma das maiores petrolíferas do mundo.

Ontem a atual administração da Petrobrás que está de partida, a maior parte da Diretoria Executiva sai da empresa no dia 12 de abril,

Presidente demitido, agarrado ao cargo, ainda consegue vender ativos das companhia

Mesmo de casa, o presidente demitido, agarrado ao cargo, ainda consegue vender ativos das companhia

substituídos sobretudo por causa de uma política de preços dos combustíveis que prejudica a população brasileira,  aprovou a privatização da primeira refinaria do Brasil, a Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, que entrou em operação em 1950 e hoje ocupa posição de destaque no parque nacional de refino, respondendo por 13% da capacidade de produção de derivados de petróleo do país.

 O processo de venda da RLAM começou antes mesmo de Roberto Castello Branco assumir a presidência da Petrobrás. Em novembro de 2018, já indicado para a presidência da empresa, deu uma entrevista aos principais jornais do país dizendo que iria trabalhar para a privatização das refinarias da companhia. Ele não conhecia a Petrobrás, não conhecia seus números, mas tinha uma posição ideológica ultraliberal clara contra a Petrobrás.  A venda da RLAM está marcada por dúvidas e incertezas. É um processo feito sem nenhuma transparência, seja no que diz respeito ao preço, de US$ 1,65 bilhão – que a própria Petrobrás assumiu ter sido subavaliado, o que foi atestado por bancos de investimento –, seja no que diz respeito ao papel estratégico da refinaria para o resultado atual e futuro da Petrobrás.

Nós, associados da ANAPETRO, vamos lutar com todas as nossas forças para reverter essa privatização, como as demais promovidas pela atual gestão ideológica da companhia. Não há fundamento econômico nessa venda, e vamos provar isso em todos os fóruns. Em fevereiro, demos entrada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) com uma representação por eventuais atos lesivos ao patrimônio da Petrobrás e aos interesses de seus acionistas com a venda da RLAM. Na época, a associação também enviou carta ao Conselho de Administração da Petrobrás,  comunicando o envio do pedido à CVM.

Além da CVM, a ANAPETRO está apelando em outras instâncias governamentais, como o Tribunal de Contas da União (TCU), a Controladoria Geral da União (CGU) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Também irá a todos os demais espaços possíveis denunciar esse descalabro que foi a gestão Castello Branco. Por fim, esperamos que a nova gestão que assumirá a Petrobrás a partir de 12 de abril comece com acerto, analisando os desmandos desse processo e revertendo esta e as demais vendas que a empresa fez recentemente, além de parar com os demais processos de privatização em andamento.”

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