ATAQUES DE REBELDES INTERROMPEM AS OBRAS DA CAMARGO CORRÊA EM JIRAU
Depois do incidente nas obras da Usina Hidrelétrica Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia, a Camargo Corrêa informou que não há prazo definido para retomada das construções. O movimento aconteceu durante a madrugada, quando operários indignados com os resultados da assembleia que definiria o fim de uma greve, atearam fogo em 37 canteiros. O presidente da Confederação dos Trabalhadores na Indústria da Construção e Madeira, Cláudio Gomes, disse que foi um ato criminoso que colocou a vida em risco de vários trabalhadores.
Próximo a região de Jirau, uma outra usina está em construção. Trata-se da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, construída pela Odebrecht. Funcionários de ambas construções entraram em greve reivindicado aumento no salário, entre outros benefícios. A greve em Jirau já ocupava quase um mês e já havia sido considerada pela Justiça como “movimento ilegal”.
Uma assembleia foi realizada para definir acordos e conciliar os empregados às construtoras de Santo Antônio, com reflexos na usina de Jirau. Os trabalhadores de Santo Antônio aceitaram a decisão em unanimidade. Foi confirmada a antecipação de reajuste salarial de até 7%, aumento da cesta básica para R$ 220 e a decisão de não descontar os dias de paralisação.
Tudo parecia regularizado até que os ataques vieram, em Jirau, pela madrugada. Acredita-se que o fogo tenha sido ateado por um grupo minoritário ainda não identificado. Cerca de sete mil trabalhadores estavam alojados e a construtora montou um alojamento provisório para abrigar os operários. A empresa fará rescisão dos contratos dos trabalhadores que quiserem deixar a obra.
Em nota, a Camargo Corrêa confirmou que houve uma morte, mas não deu detalhe. Ainda não é possível saber se o cronograma das obras em Jirau foi alterado. Tudo depende de uma reunião que o consórcio fará para avaliar o agendamento da usina.
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