ATÉ 2040, AS USINAS NUCLEARES SERÃO RESPONSÁVEIS POR 15% DA ENERGIA GERADA NO PLANETA. HOJE, HÁ 50 NOVAS EM CONSTRUÇÃO

Em 2017,  as usinas nucleares no mundo  forneceram 2506 bilhões de kWh, cerca de 11% da eletricidade do planeta. Cerca de 50 reatores de energia estão sendo construídos atualmente em 13 países, principalmente China, Índia, Emirados Árabes Unidos e Rússia. A cada ano, a Agência Internacional de Energia (IEA) da OCDE expõe a situação atual, bem como cenários de referência e outros – particularmente a redução de carbono.  Na edição de 2017 do seu relatório World Energy Outlook, o “Cenário de Novas Políticas” da AIE vê o crescimento da capacidade nuclear instalada de mais de 25% de 2015 (cerca de 404 GWe) a 2040 (cerca de 516 GWe).  O cenário prevê uma capacidade de geração total de 11.960 GWe até 2040, com o aumento concentrado fortemente na Ásia e, em particular, na China (33% do total).

Neste cenário, a contribuição da energia nuclear para a geração de energia global aumenta para cerca de 14% do total. O Cenário de Novas Políticas da agência  é baseado em uma revisão de anúncios e planos de políticas, refletindo a forma como os governos veem seus setores de energia evoluindo nas próximas décadas.  A AIE estima que o impacto cumulativo das novas políticas resultaria em um crescimento constante das emissões globais de CO2 do setor de energia até 2040.  No Cenário de Desenvolvimento Sustentável, a capacidade nuclear aumenta para 720 GWe até 2040, fornecendo cerca de 15% da geração de eletricidade. O relatório afirma: “No Cenário de Desenvolvimento Sustentável, fontes de baixo carbono dobram sua participação no mix de energia para 40% em 2040. Todos os caminhos para melhorar a eficiência são perseguidos, a demanda de carvão entra em declínio imediato e o consumo de petróleo logo em seguida.”

Até 2040 a geração de energia será praticamente descarbonizada, a partir de fontes renováveis (mais de 60%), energia nuclear (15%) bem como uma contribuição da captura e armazenamento de carbono (6%) – uma tecnologia que desempenha um papel igualmente significativo no corte de emissões do setor industrial.

Na década de 1980, 218 reatores de potência foram iniciados, uma média de um a cada  17 dias. Estes incluíram 47 nos EUA, 42 na França e 18 no Japão. Com os setores nucleares da China e da Índia crescendo, não é difícil imaginar uma taxa semelhante de construção de reatores nos próximos anos. Ao todo, cerca de 150 reatores de potência com uma capacidade bruta total de cerca de 160.000 MWe estão em ordem ou planejados, e cerca de mais 300 são propostos. A maioria dos reatores atualmente planejados está na região asiática, com economias em rápido crescimento e demanda de eletricidade em rápido crescimento. Muitos países com programas de energia nuclear existentes têm planos para, ou estão construindo, novos reatores de energia.

Existem planos para levar a vida útil do reator a 60 anos, envolvendo gastos substanciais. O governo russo está ampliando a vida útil da maioria dos reatores do país de seus 30 anos originais, por 15 anos, ou por 30 anos, no caso das novas unidades VVER-1000, com atualizações significativas. A viabilidade técnica e econômica de substituir Os principais componentes do reator, como geradores de vapor em PWRs e tubos de pressão em reatores de água pesada da CANDU, foram demonstrados. A possibilidade de substituição de componentes e renovações de licença que prolongam a vida útil das usinas existentes é muito atraente para as concessionárias, especialmente em vista das dificuldades de aceitação pública envolvidas na construção da capacidade nuclear de substituição.  Não há projeções firmes para aposentadorias nas próximas duas décadas, mas a World Nuclear Association estima que pelo menos 80 das que estão operando serão fechadas até 2035.