ATECH FORNECE SISTEMA PARA GESTÃO DE ATIVOS EM ÓLEO E GÁS E PREPARA NOVAS TECNOLOGIAS PARA O SETOR
Por Davi de Souza (davi@petronoticias.com.br) –
A Atech é uma empresa do grupo Embraer que atua em setores como tráfego aéreo e defesa e segurança. Mas a companhia também tem presença em outros segmentos, oferecendo soluções corporativas para áreas como mineração, energia, óleo e gás, entre outras. Na indústria de petróleo, a atuação está voltada para a questão de gestão de ativos, conforme explicou o executivo Fábio Vieira. Ele detalhou o funcionamento da plataforma OKTO, que proporciona o acompanhamento em tempo real de todos os dados e informações dos ativos, minimizando possíveis riscos que comprometam a operação. Vieira também contou que a Atech está desenvolvendo novas tecnologias para ajudar as petroleiras na exploração e produção de petróleo, com foco no segmento offshore. “Existem [no mercado] tecnologias capazes de medir se existe uma fadiga estrutural ou uma corrosão, por exemplo. Mas, qual o grau de precisão destas soluções? A Atech tem pesquisado muito essa parte, buscando desenvolver algumas soluções nessa linha, o que trará ao mercado um produto que aumenta a acurácia de leitura”, disse.
Como é a atuação da empresa na área de óleo e gás?
A Atech é uma empresa do grupo Embraer e tem participado, desde 2013, de alguns projetos, principalmente com a Petrobrás, na área de óleo e gás. Inclusive, fomos premiados no ano passado pela ANP como o projeto mais inovador do setor de óleo e gás, com o projeto do “blow out preventer
Em 2016, a Embraer optou por levar para a Atech a linha de negócio de gestão de ativos, que tem a ver com a área de engenharia de confiabilidade. A Atech, na verdade, trouxe o know how dos projetos da Embraer vinha aplicando no setor de óleo e gás. Hoje, nossa atuação nesse setor de óleo e gás tem sido, basicamente, através de consultorias em melhoria de processos, tanto em manutenção quanto em logística.
Recentemente, devido a esse know how e conhecimento adquiridos, conseguimos desenvolver um produto voltado para a gestão de ativos. Ele é aderente ao mercado, mas também ao setor de óleo e gás. Além disso, a Atech vem pesquisando fortemente a aplicação de novas tecnologias para a área de exploração e produção de petróleo. Temos algumas tecnologias que estamos estudando em conjunto com outros parceiros, que não posso citar o nome. Juntamente com o departamento de tecnologia da Embraer com a Atech, temos pesquisado bastante novas tecnologias para ajudar na exploração e produção de petróleo.
O senhor poderia nos explicar como funciona a plataforma OKTO?
É uma plataforma voltada especificamente para a área de gestão de ativos. O OKTO consegue agregar tecnologias de monitoramento de condição. Ele é uma solução de gestão de ativos e logística. Ele é um sistema que trata a base. Para fazer uma boa gestão de ativos, você precisa ter uma base de informações que seja sólida e confiável. O OKTO trata a camada de base, justamente garantindo que as informações de manutenção e informações da área de gestão de ativos sejam corretamente imputadas. Assim, essas informações podem ser utilizadas nas camadas superiores: tática e estratégica.
No que consistem as camadas estratégica e tática?
Hoje, o OKTO abraça tanto a camada operacional – que garante a entrada organizada das informações – quanto a camada tática – que ataca a parte de planejamento e programação de atividade do setor de óleo e gás.
Imagine uma plataforma de petróleo com os chamados de manutenção do dia a dia. Essas informações vão para uma camada tática. Nessa camada, o planejamento e a programação das atividades são muito importantes. O OKTO também abrange a parte de planejamento e programação, garantindo que todas as informações que estão indo para a camada operacional, são informações que vão ajudar nos objetivos estratégicos da empresa. Por exemplo, se eu preciso produzir 10 mil barris de petróleo e tenho uma bomba que não pode falhar, o OKTO vai dizer quais as atividades de planejamento e programação terão que ser priorizadas.
O OKTO também abrange a camada estratégica, onde são definidas as estratégias para os ativos. Ou seja, ele compreende desde o monitoramento de condição até a camada mais estratégica, onde são definidas a criticidade do ativo, a curva de confiabilidade e estratégia de manutenção.
No setor de óleo e gás, a principal aplicação que temos buscado é no sentido de que as informações de uma plataforma FPSO estejam confiáveis. Uma vez que essas informações estejam confiáveis, eu garanto o planejamento e a programação de uma forma rápida e considerando informações críticas. E na camada estratégica, pensamos quais são os ativos mais críticos, mais importantes e o que devo fazer com esses ativos. O OKTO também tem uma parte logística.
E como funciona?
Imagine uma peça cara e importante em seu processo. Às vezes, as empresas optam por ter essa peça no estoque. O OKTO Logística faz o rastreamento de toda a cadeia logística, desde a compra de uma carga crítica até sua chegada, verificando se esse deslocamento foi feito de uma forma segura, eficaz e rápida. O OKTO Logística consegue também sugerir as melhores rotas para deslocamento de materiais de manutenção, garantindo o menor custo possível. Ele amarra tanto o cuidado com o ativo em si quanto a própria logística que envolve a manutenção deste ativo.
Além do OKTO, o senhor citou sobre as novas tecnologias em desenvolvimento. Gostaria que comentasse mais a respeito.
Hoje, sabemos que o mercado tem muita tecnologia de monitoramento de condição. Existem tecnologias capazes de medir se existe uma fadiga estrutural ou uma corrosão, por exemplo. Mas, qual o grau de precisão destas soluções? A Atech tem pesquisado muito essa parte, buscando desenvolver algumas soluções nessa linha, o que trará ao mercado um produto que aumenta a acurácia de leitura. Existem diversas tecnologias que podem fazer a mesma coisa. Mas a tecnologia que estamos pesquisando é capaz de aumentar a acurácia dessas leituras.
Um falso positivo em um duto submarino e parar a produção por causa disso é algo muito complicado. O mercado precisa de tecnologias mais precisas, para que se for preciso parar um poço, que seja para fazer a troca de um duto que esteja realmente com falha.
A Atech tem focado no mercado offshore, em dutos submarinos. A Atech tem estudado tecnologias para serem aplicadas no fundo do mar. Por incrível que pareça, essa tecnologia tem se mostrado muito eficiente no onshore também, nas refinarias.

publicada em 14 de outubro de 2019 às 5:00 





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