ATIVISTAS FAZEM PROTESTOS CONTRA BELO MONTE PARA APROVEITAR VISIBILIDADE DA RIO + 20
Um protesto mobilizou um pequeno grupo de ativistas ambientais contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte, em Vitória do Xingu (oeste do Pará). Eles invadiram uma área do canteiro de obras da usina e para tirar algumas fotos para divulgação durante os eventos da Rio + 20. Sequer as obras foram interrompidas. O consórcio responsável pela construção da usina, disse que o local invadido, não tem qualquer atividade. Por isso, a ação não teve qualquer efeito no trabalho dos operários. As obras seguiram normalmente nos cinco canteiros, dos quais o sítio Belo Monte é o principal O Movimento Xingu Vivo, que organiza a ação, afirma que 300 pessoas participam do protesto. O consórcio contou cerca de 50 pessoas. O ato faz parte da conferência Xingu +23, evento paralelo à Rio+20 organizado pelo Xingu Vivo com o objetivo de protestar contra Belo Monte. Os ativistas, entre índios Mundurucu e Juruna e moradores de Altamira, chegaram ao local pela estrada, às 5h. Não houve confronto.
Os manifestantes usaram picaretas, pás e enxadas para cavar uma fenda por onde as águas do rio Xingu voltaram a correr em uma espécie de córrego. Foi um ato simbólico para sugerir que a barragem de Belo Monte não deve interromper o fluxo do rio Xingu. O grupo também plantou cerca de 500 mudas de açaí na entrada da área ocupada, de forma a evitar a entrada de pessoas estranhas ao protesto. Fixaram cruzes brancas de madeira no chão para representar “a morte que a usina de Belo Monte simboliza para ribeirinhos, pescadores, agricultores e indígenas do Xingu”, afirmou o movimento em nota. Os manifestantes devem permanecer no local por tempo indeterminado. A Norte Energia, empresa responsável por Belo Monte, já havia obtido nesta semana decisão judicial que proibiu integrantes do Xingu Vivo de transitar no local onde é realizada a conferência Xingu +23
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