ATOMEXPO COMEÇA EM MOSCOU COM EMPRESAS BUSCANDO INVESTIMENTOS PARA O SETOR NUCLEAR NO BRASIL | Petronotícias




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ATOMEXPO COMEÇA EM MOSCOU COM EMPRESAS BUSCANDO INVESTIMENTOS PARA O SETOR NUCLEAR NO BRASIL

asaaMoscou – A ATOMEXPO International Forum,  uma importante plataforma de exibição de negócios na Rússia, onde são realizadas reuniões e negociações entre os líderes mundiais do setor de energia nuclear, entra no segundo dia, com uma importante participação brasileira. A exposição internacional especializada e um congresso – com a participação de representantes de organizações internacionais e empresas russas e estrangeiras, especialistas líderes no setor de energia nuclear – estão debatendo as novas alternativas para a geração de energia nuclear no mundo inteiro. A Nuclep e a ABDAN – Associação Brasileira de Desenvolvimento das Atividades Nucleares – estão presentes aqui em Moscou participando dos debates em busca de alternativas para o desenvolvimento do setor no Brasil.

A construção de Angra 3,  que ainda atravessa uma fase de indefinições para a sua conclusão. A Rosatom está estudando uma proposta para financiar o término da usina. O que se diz é que os russos aceitam seguir o modelo de negócios que é defendido pela ABDAN. Ou seja, financiar a construção e o licenciamento ambiental e vender a energia gerada quando estiver pronta. Esse modelo seria o mesmo a ser seguido para todas as doze usinas previstas no modelo de energia brasileiro para garantir a energia para o país até 2050.

O Presidente da ABDAN, Celso Cunha, falou sobre a sua participação no congresso:

“É muito importante para a ABDAN estar aqui, acompanhando o que há de mais moderno numa exposição com esta qualidade. Nós representamos aqui nossos associados, que são as grandes e mais importantes empresas do setor nuclear no Brasil. Temos conversado com os mais importantes players deste setor em busca de conhecer e  atrair para o Brasil  as novas tecnologias. Precisamos  estar prontos para a construção das futuras usinas nucleares, tão importantes e fundamentais para as próximas gerações. Tive a oportunidade de participar também  de mesa redonda sobre as pequenas usinas  nucleares, que podem ser outras alternativas. Um outro destaque que posso ver foi a reunião com a Rosatom e a participação dela, não só na construção de usinas, mas no mercado de combustível nuclear e até na medicina nuclear. Com certeza vamos voltar ao Brasil com mais ânimo para seguir e vencer os novos desafios que se apresentam.”

expo 1Quem também está presente na exposição em Moscou é o Gerente Geral da Diretoria Industrial da Nuclebrás, Carlos Frederico, e o presidente da Nuclep, o Almirante Carlos Seixas:

“A exposição está sendo muito interessante. Fizemos alguns bons contatos e gostei muito de uma empresa associada a Rosatom na área de energia eólica. Já iniciamos algumas conversações para que eles nos visitem na Nuclep. Pode ser o início de uma parceria. Esses contatos são muito importantes para a Nuclep, porque precisamos de novos negócios. Precisamos aumentar o nosso faturamento, entrando em novas áreas, novos negócios.”

O objetivo do fórum é fornecer aos líderes da indústria de energia nuclear e à engenharia de energia nuclear a oportunidade de definir publicamente o lugar e o papel da geração nuclear no balanço energético do século XXI, analisar os principais desafios, questões e cenários de desenvolvimento do mercado de energia em todo o mundo. Ao longo de vários anos, o fórum tornou-se um dos eventos mais importantes, durante o qual são discutidas as questões da mais alta importância atual na indústria nuclear, e as tendências do seu desenvolvimento posterior são formadas.expo 2

A Rosatom assinou três importantes memorandos de entendimentos para cooperação em usos pacíficos da energia nuclear com  três países africanos: Uganda, Sudão e a Etiópia. O documento prevê a cooperação bilateral em desenvolvimento de infraestrutura nuclear com objetivo de programas para aumentar a conscientização pública sobre as tecnologias nucleares e sua aplicação, aplicação de radioisótopos e tecnologias de radiação em setores industriais, médicos e agrícolas. O acordo abrange a colaboração na segurança nuclear, radiológica e física, pesquisas fundamentais e aplicadas, treinamento de RH, centros de pesquisa nuclear baseados em reatores de pesquisa multifuncional, etc.

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