ATRASO NAS OBRAS DAS SONDAS VIRA PREOCUPAÇÃO PARA PETROBRAS | Petronotícias




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ATRASO NAS OBRAS DAS SONDAS VIRA PREOCUPAÇÃO PARA PETROBRAS

O presidente da Petrobrás está preocupado com o atraso na entrega de novas plataformas e, principalmente, sondas de perfuração para áreas com profundidade acima de 2 mil metros de lâmina d’água. Gabrielli diz que  esse atraso  pode provocar o  descumprimento das metas de produção da companhia, que planejava produzir uma média de 2,1 mil barris de petróleo por dia no Brasil e fechou setembro com produção diária de 2,002 milhões de barris de óleo.  Gabrielli, que viajou na sexta-feira passada para a Ásia para visitar estaleiros na Coreia, Japão e Cingapura, chama a atenção para o fato de essas unidades atrasadas estarem sendo construídas no exterior. A companhia vai receber 37 sondas de perfuração – dos tipo semi-submersível e navios-sonda – até 2015, todas construídas fora do país, algumas já atrasadas. Somente a partir de 2015 e até 2020 começarão a ser entregues as 28 novas sondas que estão em processo de licitação e que serão construídas no Brasil. O presidente da Petrobras cita esses números para rebater argumentações de que o atraso se deve à decisão do governo de exigir maior conteúdo nacional das encomendas da estatal.  Em alguns casos, como o do campo gigante de Marlim,  analistas encontraram atraso em 20%. Trata-se de um campo importante, que já foi o maior produtor do país e responsável pela totalidade das exportações de 600 mil barris diários, mas que hoje ocupa o terceiro lugar, com produção de 213 mil barris/dia. Essa queda estaria também sendo registrada em outros gigantes como Roncador, Albacora, Albacora Leste e Barracuda.   Sergio Gabrielli admitiu o problema dizendo que é causado por fatores tecnológicos e não por esgotamento dos hidrocarbonetos depositados nesses reservatórios, o que mostraria uma razão geológica. “O problema de declínio não é geológico. É um problema econômico, de infraestrutura para viabilizar um aumento da produtividade, e da produção”, afirma. “Campos maduros produzem mais água. E na medida que você produz mais água é necessário injetar mais água para continuar produzindo petróleo”. O executivo cita o que considera dificuldades que explicam os motivos da produção não crescer como o esperado. A primeira delas é o atraso da entrega das sondas. Em segundo ele cita duas tecnologias em teste. Uma delas para separar o óleo da água que vem de dentro do reservatório ainda no fundo do mar. Outra tecnologia em teste é a injeção de água do fundo do mar, usando água do mar nos reservatórios, sem que ela seja bombeada da plataforma.

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