AUMENTA A INFLUÊNCIA NUCLEAR DA RÚSSIA NA ÁFRICA COM O BURUNDI SENDO MAIS UM PAÍS A ASSINAR UM ACORDO COM A ROSATOM | Petronotícias




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AUMENTA A INFLUÊNCIA NUCLEAR DA RÚSSIA NA ÁFRICA COM O BURUNDI SENDO MAIS UM PAÍS A ASSINAR UM ACORDO COM A ROSATOM

AFRICAA República do Burundi e a Rússia assinaram um memorando de cooperação sobre usos pacíficos da tecnologia nuclear. Foi assinado hoje (27) quando o Fórum Econômico e Humanitário Rússia-África ocorre em São Petersburgo. A Rússia está atualmente hospedando o fórum, espaço em que o Ministro de Relações Exteriores e Cooperação para o Desenvolvimento do Burundi, Albert Shingiro, e pelo Diretor Geral da Rosatom, Alexei Likhachev, consideraram ser adequado para assinar o compromisso. A Rosatom disse que o acordo permite projetos que incluem “auxílio no estabelecimento e melhoria da infra-estrutura nuclear de Burundi; regulamentação legal em segurança nuclear e radioativa; realização de pesquisa fundamental e aplicada na área de energia atômica pacífica; produção de radioisótopos e sua aplicação na indústria, medicina , e agricultura; cooperação em tecnologias de radiação e medicina nuclear; treinamento de pessoal e educação de especialistas para a indústria nuclear”.

Haverá também a criação de um comitê conjunto de coordenação com intercâmbio de especialistas e de “informação científica e técnica e fornecimento de equipamentos, materiais e componentes”. Anteriormente, uma delegação do Burundi, chefiada pelo presidente Evariste Ndayishimiye, visitou a usina nuclear de Leningrado, com seus reatores VVER-1200. O Ministro dos Recursos Hídricos, Energia e Minas do Burundi, Ibrahim Uwizeye, disse que a visita foi muito útil no contexto do  projeto Burundi-2040 que tem entre os seus objetivos “conduzir o país à segurança e independência energética com o consumo de diferentes tipos de energia no país”.

O Burundi assinou o seus primeiros compromissos com a Agência Internacional de Energia Atômica em 2016 e em 2019 o Ministério dos Negócios Estrangeiros apresentou um projeto de lei no parlamento para o uso pacífico e a segurança da energia nuclear e da radiação ionizante. Há outros países africanos discutindo os  usos pacíficos da tecnologia nuclear  com a Rússia neste fórum. O presidente Vladimir Putin teve conversas com o primeiro-ministro etíope Abiy Ahmed. A Etiópia pode ser um outro país a ter o mesmo compromisso com a Rússia. A Agência de notícias russa Tass também informou que a Rússia e o Zimbábue “podem assinar um acordo de cooperação no uso pacífico da energia nuclear.  No início desta semana o embaixador da Rússia na Tanzânia disse que um projeto piloto para extrair urânio no país poderia ser lançado “no próximos meses” e que “pode eventualmente evoluir para uma instalação de produção e mineração de urânio em grande escala”.

Além da África do Sul, que tem uma usina de energia nuclear em operação há quase quatro décadas, o próximo país africano a receber uma usina nuclear é o Egito, onde a Rosatom da Rússia está construindo atualmente a usina El Dabaa de quatro unidades VVER-1200. O presidente Putin, falando em uma reunião com o presidente do Egito, Abdul Fattah al-Sisi, antes do fórum em São Petersburgo, disse que o gigantesco projeto de energia estava indo de acordo com o planejado.

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