AUMENTA IMPASSE ENTRE PETROBRÁS E SETE BRASIL EM TENTATIVA DE ACORDO
A relação da Petrobrás com a Sete Brasil ganhou novos contornos complicadores nos últimos dias e o impasse entre as duas deixa cada vez mais distante a possibilidade de um acordo amigável na questão das sondas a serem fornecidas nos próximos anos.
A última tentativa de chegar a um consenso, realizada na semana passada, foi por água abaixo pela falta de representantes da FIP Sondas, que controla a SeteBr, na reunião. A esfera judicial parece se tornar cada vez mais a ponta onde tudo acabará.
Os sócios do FIP Sondas – todos pesos-pesados, como Petros, Previ, Valia, Funcef, FI-FGTS, Bradesco, Santander e BTG Pactual, além dos fundos EIG Partners, Lakeshore e Luce Venture – não quiseram sentar à mesa com a Petrobrás, depois de terem investido US$ 8,4 bilhões no negócio nos últimos anos, e vêm entrando com processos arbitrais ou ações judiciais em busca de reaver os valores perdidos. O maior argumento deles são as descobertas da Operação Lava Jato, que revelou a participação de alguns dos elos dos esquemas da Petrobrás atuando também na Sete Brasil.
O plano de recuperação judicial da empresa deveria ser votado nesta quinta-feira (10), mas com o impasse é provável que seja adiado novamente. Enquanto isso, os estaleiros Brasfels e Jurong têm se esforçado para cumprir as primeiras obrigações, mesmo com capital próprio, e preveem entregar quatro sondas em 2017. Os valores aportados por eles deverão ser imputados posteriormente ao rol de dívidas da Sete Brasil, que já conta com um endividamento líquido de R$ 17,2 bilhões.
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