AUMENTA O CAOS NO ABASTECIMENTO DO PAÍS COM A GREVE DOS CAMINHONEIROS

O país está um caos e pelo jeito as velhas fórmulas usadas políticos para tentar resolver um problema dessa gravidade, não vão funcionar. Com consequências dramáticas para a população, afetando diretamente os setores de abastecimento alimentício, transporte público, remédios, hospitais e até da aviação comercial, o clima piora. Produções de leite jogadas fora. Paralisação nos abates de frangos, gados e suínos. Os prejuízos são imensos e exigem soluções imediatas, práticas e inteligentes. Os negociadores do governo quase todos são acusados de envolvimento em casos de corrupção, negociando com pessoas que trabalham duro no dia a dia, sujeitos a multas do poder do Estado, produzem ainda desconfiança. As reivindicações são justas, o que aumenta ainda mais a credibilidade do movimento. Pagam caro pelos pedágios, encontram estradas esburacas e sem conservação por todo país,  e  agora sofrem pelo desordenamento na cobrança nos preços dos combustíveis, com reajustes diários, que impedem a execução de qualquer planejamento. Para coroar ainda recebem um sinal de “trégua” com a redução de 10% nos preços do diesel, mas por apenas  por 15 dias. Quem acredita nisso? O que querem é uma política consistente.

O “gesto de boa vontade”, como disse o Presidente da Petrobrás Pedro Parente, foi recebido  com óbvia desconfiança e nenhum resultado prático. A classe, ao contrário do que dizem alguns analistas, não está chantageando o governo. Está dando um Basta na desordem, no desgoverno e na arrogância. O governo fala em perder R$ 2,5 bilhões com o corte da CIDE. Mas ao invés de se adequar, como faria qualquer família, ele volta a onerar as folhas de pagamentos das empresas, quando o certo é cortar suas despesas supérfluas. Cortar despesas de ministérios que não fazem nada, só gastam. É preciso cortar na carne. Amputar  as mordomias dos três poderes. Economizaria muito mais do que apenas R$ 2,5 bilhões. Culpar os caminhoneiros pelo caos que se estabeleceu no país. É simplista e obtuso. Esta parece ser  uma reação popular e legítima

Hoje o governo sabe que a manifestação dos caminhoneiros, que começou a ser planejada na semana retrasada, não tem data para acabar. Eles dizem que a redução de 10% do diesel por 15 dias. A decisão não é suficiente para interromper a paralisação. “Não adianta baixar agora e aumentar de novo mais para frente. Além de diminuir o valor do litro,  sem prazo de validade, é necessário criar um parâmetro de preços que evite um aumento desenfreado diário dos combustíveis que quebram qualquer  planejamento e estabeleceu uma desordem comercial nos postos de gasolina”, disse João de Barros,  um dos líderes desse movimento. A desordem no mercado provocada pelos reajustes diários é um tema que o Petronotícias vem alertando desde julho, quando a Petrobrás estabeleceu esta nova política.