AUMENTA O CONSUMO DE PRODUTOS QUÍMICOS MAS NÍVEIS FICAM ABAIXO DO MESMO PERÍODO DO ANO PASSADO
A produção e a demanda dos produtos químicos de uso industrial voltaram a crescer em julho em comparação com o mês anterior e o mesmo período do ano passado. O índice de produção cresceu 15,31%, tendo registrado o melhor nível para um mês de julho dos últimos doze anos. As vendas internas tiveram alta de 5,38% sobre igual mês do ano passado, melhor patamar do mês de julho para os últimos cinco anos, apesar do resultado do mês ter sido negativo em 2,47% sobre junho, segundo informações da Abiquim. O consumo aparente nacional (CAN), que mede a produção mais importação menos exportação, dos produtos químicos de uso industrial voltou a exibir alta, sobre o mês anterior, com crescimento de 17,5%: “A recuperação dos volumes em julho sinaliza um movimento de recuperação de estoques na cadeia como um todo, mas também o início do terceiro trimestre, tipicamente o mais forte de todo o ano”, explicou a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira.
A melhora da demanda também foi puxada pelas importações, cujo volume cresceu significativos 26,66% em julho, contrastando com as exportações, que exibiram recuo de 15,52%. O índice de utilização da capacidade instalada ficou em 82% em julho, seis pontos percentuais acima do resultado do mês anterior e o melhor nível operacional de todo o ano. Dos oito grupos analisados, cinco exibiram as melhores ocupações das instalações do ano: produtos petroquímicos básicos, que operou a 89%, intermediários para plásticos, com taxa de ocupação de 86% e resinas termoplásticas, que operou a 85%.
A diretora da Abiquim alerta que apesar da melhora mensal o resultado consolidado até o sétimo mês do ano é negativo: “A taxa de utilização da capacidade instalada, ficou em 76% nos primeiros sete meses do ano, dois pontos abaixo do patamar registrado em igual período do ano passado. O índice de produção apresentou recuo de 3,52% enquanto o de vendas internas cresceu apenas 2,34% no acumulado de janeiro a julho de 2018, sobre os primeiros sete meses de 2017, quando as expectativas iniciais indicavam patamares de, pelo menos, o dobro desse resultado”.
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