AUMENTO DA PRODUÇÃO AMERICANA DE PETRÓLEO EVITA DISPARADA NOS PREÇOS PELOS ATAQUES TERRORISTAS NO MAR VERMELHO

Desta vez, o universo econômico conspirou a favor. Um surpreendente aumento na produção de petróleo nos Estados Unidos, em novembro, está por trás da calmaria do mercado internacional, mesmo com a crise do Mar Vermelho, que começa a tomar proporções ainda maiores, dependendo dos desafios que o Irã quiser colocar na região. Este aumento na produção está ajudando a atenuar o crescente impacto do conflito no Oriente Médio que afeta uma crucial rota de navegação. Quando terroristas iemenitas houthis, apoiados pelo Irã, começaram a lançar mísseis e drones em navios que cruzavam o Mar Vermelho, muitos temiam que a interrupção da vital rota de navegação pudesse elevar os preços da energia. No entanto, os preços do petróleo e do gás neste último mês caíram cerca de 5% e 23%. A produção americana foi fundamental para esse fenômeno do mercado do petróleo.

Em novembro, as exportações de petróleo dos EUA atingiram um recorde de 4,5 milhões de barris por dia. Da mesma forma, as exportações americanas de gás natural liquefeito (GNL), estavam em níveis recordes em dezembro, Países europeus têm adquirido mais combustíveis fósseis dos EUA nos últimos meses. A crise de navegação deve elevar os preços ao consumidor para bens que cruzam o Mar Vermelho, com centenas de navios forçados a usar uma rota alternativa que contorna o Cabo da Boa Esperança, na África do Sul. Só que isso acontece em um momento de novo aumento da produção de petróleo nos EUA, que atingiu 13,2 milhões de b/d em outubro, um aumento de quase 900 mil b/d em termos anuais. Enquanto a porcentagem de petroleiros de GNL previstos para passar pelo Canal de Suez caiu ao ponto mais baixo em dez anos, as exportações americanas de GNL devem atingir um recorde de mais de 8 milhões de toneladas em dezembro.