AUMENTO DAS IMPORTAÇÕES DE URÂNIO FAZEM EMPRESAS AMERICANAS PEDIREM INVESTIGAÇÃO A ORGÃOS DE DEFESA

A pedido de dois produtores nacionais de urânio, o Departamento de Comércio dos EUA (DOC) lançou uma investigação sobre se a quantidade e as circunstâncias atuais das importações de urânio que, dizem,  ameaçam a segurança nacional americana. No entanto, o setor de energia nuclear dos Estados Unidos alertou que uma cota sugerida sobre as importações teria um impacto financeiro significativo sobre os operadores de reatores do país. O departamento de comércio informou que a investigação segue uma petição protocolada e que há uma também revisão após consulta aos interessados do setor, membros do Congresso. O Departamento de Defesa disse que a investigação vai “envolver todo o setor de urânio da indústria de mineração até o enriquecimento, defesa e consumo industrial”.

As duas empresas de mineração de urânio disseram na época que enviaram sua petição: “Em 1980, os produtores americanos forneciam quase 100% de nossas necessidades de urânio doméstico, e em 1989 o DOC iniciou uma investigação por causa das preocupações de que as importações de urânio excederam 37,5% na época. O problema é muito pior agora. ” Em sua petição, a Ur-Energy e Energy Fuels observaram que a produção de urânio dos Estados Unidos atendeu apenas 5% dos requisitos do reator doméstico no ano passado. Este ano, os produtores estão projetados para atender cerca de 2% da demanda de reatores americanos.  “A dependência extrema de hoje não é uma questão de concorrência estrangeira que legitimamente subestima a produção doméstica. É o resultado de certas políticas de subsídios estatais estrangeiras que minam empresas norte-americanas que poderiam competir de maneira justa em uma base global. “

Em 2016, as importações combinadas de urânio de três países ligados geopoliticamente e comercialmente – Rússia, Cazaquistão e Uzbequistão – cumpriram quase 40% das exigências dos EUA. A China cresceu significativamente suas empresas nucleares estatais e anunciou que pretende penetrar no mercado nuclear americano  com combustível nuclear que competirá diretamente com os mineradores de urânio dos Estados Unidos.  Além disso, a próxima expiração do Acordo de Suspensão da Rússia, em 2020,  eliminará os limites existentes sobre as importações de urânio russo. O secretário de Comércio Wilbur Ross disse: “O Departamento de Indústria e Segurança do Departamento de Comércio conduzirá uma revisão completa, justa e transparente para determinar se as importações de urânio ameaçam prejudicar a segurança nacional”.